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Haddad afirma que o governo está empenhado em implementar medidas fiscais eficazes

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro está comprometido com a adoção de medidas fiscais de qualidade, com foco na sustentabilidade da dívida pública e na preservação de avanços sociais. A declaração foi enviada ao Comitê do Fundo Monetário Internacional (IMFC), por ocasião das Reuniões de Primavera do FMI, que acontecem em Washington (EUA), entre os dias 25 e 26 de abril.

No documento, Haddad destacou a importância do novo arcabouço fiscal brasileiro, que segundo ele, substituiu práticas anteriores consideradas instáveis. “O novo arcabouço fiscal tem servido bem ao país, abrindo espaço para gastos sociais prioritários, garantindo a sustentabilidade da dívida a longo prazo”, afirmou.

Fundo Monetário projeta aumento da dívida pública

Apesar do posicionamento otimista do governo, o Fundo Monetário Internacional estima que a dívida pública brasileira continuará em trajetória de crescimento. De acordo com as projeções do órgão, a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) deve saltar de 87,3% em 2024 para 92% neste ano. Durante a atual gestão, a expectativa é de um aumento superior a 12 pontos percentuais.

Medidas para equilíbrio entre responsabilidade fiscal e avanços sociais

Haddad ressaltou que a estratégia do governo inclui a definição de metas para os gastos sociais e a criação de uma nova regra para os reajustes do salário mínimo. Essa regra visa suavizar o impacto sobre as despesas obrigatórias, mantendo-as compatíveis com o novo modelo fiscal.

Na área de receitas, o ministro afirmou que o governo está promovendo mudanças para tornar o sistema tributário mais progressivo e reduzir incentivos considerados ineficientes, que enfraquecem a arrecadação.

Compromisso com responsabilidade e combate à desigualdade

Desde o segundo semestre de 2024, o governo federal vem adotando uma abordagem gradual de consolidação fiscal, que, segundo Haddad, contribui para reduzir o hiato do produto, em harmonia com uma política monetária mais rigorosa.

Na conclusão de seu posicionamento ao FMI, o ministro reforçou o compromisso do governo em adotar medidas fiscais responsáveis, sem abrir mão da proteção social. “Ao mesmo tempo, o governo está comprometido em adotar medidas de ajuste fiscal de alta qualidade, preservando ganhos sociais e contribuindo para a redução das desigualdades”, finalizou.

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