A defesa de Silvio Almeida propõe que a investigação ouça inclusive o diretor da Polícia Federal
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a Polícia Federal ouça todas as pessoas que participaram da reunião realizada em maio de 2023 com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O encontro, que tinha como pauta o combate ao racismo em aeroportos e voos, é o cenário de uma acusação de importunação sexual supostamente cometida por Almeida.
Participantes da reunião devem ser ouvidos, defende a defesa
Entre os presentes na reunião estavam o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; o diretor-presidente substituto da ANAC, Tiago Pereira; e a ex-secretária-executiva adjunta de Igualdade Racial, Adriana Marques. Embora o pedido apresentado ao STF não cite expressamente o nome de Rodrigues, a defesa do ex-ministro requer que todos os nove participantes sejam chamados a depor, incluindo uma imagem que, segundo eles, permite identificar cada uma das pessoas presentes.
Mensagem de ex-aliada reforça questionamentos da defesa
No material enviado ao Supremo, os advogados de Almeida também anexaram uma mensagem atribuída a Adriana Marques. Na ocasião da demissão do ex-ministro, ela teria escrito: “Eu não acredito nisso porque sei o quanto elas te odeiam. E tenho como provar.” A defesa vê nessa declaração um indicativo de que há conflitos pessoais que podem ter influenciado as acusações.
Outras testemunhas também são sugeridas
Além dos participantes da reunião, a defesa também recomenda que o STF ouça pessoas que possam falar em favor de Almeida em relação a denúncias anteriores de assédio. Entre os nomes citados estão a professora Isabel Rodrigues e duas ex-alunas do ex-ministro.
Conclusão
Silvio Almeida tenta, com o pedido ao STF, ampliar o escopo das investigações e garantir que todas as testemunhas potenciais sejam ouvidas antes de qualquer conclusão. A estratégia busca reforçar a tese de sua inocência ao considerar não apenas o episódio relatado na reunião de maio de 2023, mas também outras alegações anteriores, todas elas contestadas por sua equipe jurídica.