Diretor-geral e ex-subchefe da Abin comparecem à PF para depor
O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-diretor-adjunto Alessandro Moretti compareceram à sede da Polícia Federal (PF) para prestar depoimento no âmbito da investigação sobre espionagem ilegal durante o governo Bolsonaro. A operação, deflagrada em janeiro de 2024, apura o uso indevido de ferramentas de monitoramento, como o programa FirstMile, para rastrear autoridades sem autorização judicial .
Acusações de espionagem ilegal
A PF identificou a existência de uma organização criminosa que utilizava a estrutura da Abin para monitorar ilegalmente pessoas e autoridades públicas, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares. Entre os alvos estavam o ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o então governador do Ceará, Camilo Santana .
Reações e desdobramentos
Em resposta às investigações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou Alessandro Moretti do cargo de diretor-adjunto da Abin. A exoneração ocorreu após a PF identificar indícios de possível conluio entre integrantes da atual gestão da Abin e os investigados pela espionagem ilegal
Conclusão
O depoimento de Corrêa e Moretti à PF marca um momento crucial na apuração do caso conhecido como “Abin paralela”. As investigações continuam, com o objetivo de esclarecer o envolvimento de servidores da Abin em atividades de monitoramento ilegal e garantir a responsabilização dos envolvidos