Para IFI, dívida do Brasil continua crescendo apesar do novo arcabouço fiscal
Mesmo com a adoção do novo modelo fiscal proposto pelo governo, a trajetória da dívida pública brasileira segue em elevação. É o que aponta a Instituição Fiscal Independente (IFI), que, em avaliação recente, afirmou que o atual arcabouço não tem conseguido frear o avanço do endividamento do país. A constatação reforça o debate sobre a eficácia do instrumento fiscal e sua real capacidade de estabilizar as contas públicas no médio e longo prazo.
O título reformulado deixa claro que, segundo a análise da IFI, as regras fiscais atualmente em vigor não estão surtindo o efeito esperado sobre a principal variável que preocupa economistas e analistas financeiros: o crescimento da dívida. Isso significa que, mesmo com a implementação de um novo conjunto de diretrizes orçamentárias e limites para gastos, a dinâmica da dívida brasileira não sofreu interrupção ou desaceleração significativa.
Essa leitura da IFI lança dúvidas sobre a credibilidade do arcabouço como ferramenta eficaz de ajuste fiscal. A entidade, que atua vinculada ao Senado Federal, tem como função justamente monitorar e avaliar o desempenho das políticas econômicas do país, com foco na sustentabilidade das finanças públicas.
Ainda que o título não detalhe os motivos do diagnóstico negativo, a menção da IFI já é suficiente para sinalizar que o crescimento da dívida continua sendo um fator de risco para a economia brasileira. A avaliação indica que, mesmo com um novo regime de regras fiscais, as despesas continuam pressionando o orçamento, ou as receitas ainda não atingiram níveis capazes de reverter o quadro atual.
O alerta da IFI ocorre num momento em que o país busca reconquistar a confiança do mercado e atrair investimentos, e a dívida pública é uma variável central nesse esforço. Uma percepção de que o arcabouço fiscal não está surtindo o efeito desejado pode aumentar a desconfiança em relação à capacidade do governo de controlar os gastos e promover equilíbrio orçamentário.
Além disso, o título evidencia que, para a IFI, o novo arcabouço ainda não entregou o que se esperava dele. A estrutura que substituiu o antigo teto de gastos foi pensada para permitir mais flexibilidade fiscal, mas também com mecanismos que garantissem responsabilidade. No entanto, ao que tudo indica, essa nova arquitetura ainda não está sendo suficiente para alterar a trajetória da dívida pública.
Essa observação também pode servir de alerta para o Executivo e o Legislativo: ajustes no arcabouço, cortes de gastos, revisão de renúncias fiscais ou medidas de aumento de arrecadação podem voltar à mesa de discussão. A manutenção da dívida em ritmo de crescimento, mesmo sob nova regra, pode indicar a necessidade de ações mais duras ou complementares.
Dessa forma, a avaliação da IFI aprofunda o debate sobre o papel e a eficiência das regras fiscais em vigor. E, mais do que isso, coloca em evidência um dos desafios centrais da política econômica brasileira: como promover crescimento sustentável sem perder o controle sobre o endividamento público.