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Primeiro-ministro da China incentiva exportadores a ampliarem destinos de venda

Em meio às crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, fez um apelo nesta terça-feira (15) para que exportadores chineses busquem novos mercados e reduzam sua dependência de parceiros tradicionais. Segundo a mídia estatal, Li alertou para as “mudanças profundas” no cenário global que vêm impactando negativamente o comércio exterior do país.

Guerra comercial pressiona economia chinesa

O discurso do premiê ocorre dias após o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, intensificar as tarifas sobre produtos chineses, elevando-as para 145%. Em resposta, a China subiu suas taxas sobre bens dos EUA para 125%, escalando o conflito comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.

Sem citar diretamente os Estados Unidos ou Trump, Li enfatizou a necessidade de “responder com calma” aos choques externos, reforçando que o país deve ampliar esforços para promover o consumo interno e expandir a demanda doméstica.

Exportações pressionadas e estratégias alternativas

Apesar do aumento nas exportações em março — impulsionado pela corrida das fábricas para despachar produtos antes das novas tarifas —, a instabilidade comercial tem afetado as perspectivas da indústria chinesa e do crescimento econômico.

Li sugeriu que empresas chinesas inovem em seus canais de comércio e explorem novos mercados como forma de garantir a estabilidade do comércio exterior. Além disso, afirmou que o governo pretende incentivar que produtos de alto padrão voltados à exportação ganhem espaço também no mercado interno.

Consumo, emprego e setor imobiliário na pauta

Como parte da estratégia para fortalecer a economia doméstica, o primeiro-ministro anunciou medidas voltadas à estabilização do emprego, ao crescimento da renda e ao reforço das redes de proteção social. A intenção é criar condições mais favoráveis para o aumento do consumo das famílias.

Li também destacou o potencial do mercado imobiliário chinês, sinalizando que o setor ainda possui margem para expansão e que novas iniciativas poderão ser adotadas para destravar seu crescimento.

Conclusão

Diante do agravamento da guerra comercial com os Estados Unidos, a China busca caminhos alternativos para mitigar seus efeitos e manter o ritmo da atividade econômica. A aposta em novos mercados, aliada ao fortalecimento da demanda interna, aparece como uma estratégia central no discurso do premiê Li Qiang, que reafirma o compromisso de Pequim com a estabilidade e o crescimento sustentado.

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