Politica

Médico afirma que a parede abdominal de Bolsonaro apresentava danos significativos

O médico-chefe da equipe que realizou a cirurgia de Jair Bolsonaro (PL), Cláudio Birolini, detalhou, em coletiva realizada nesta segunda-feira (14), o quadro clínico do ex-presidente. Segundo Birolini, a parede abdominal de Bolsonaro estava “bastante danificada”, consequência das múltiplas cirurgias anteriores e do atentado de 2018.

Dano causado por cirurgias e o impacto da facada

De acordo com o médico, o ex-presidente apresentava um “abdômen hostil”, resultado de diversas operações realizadas desde a facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral. “Aderências causaram um quadro de obstrução intestinal, e a parede abdominal estava bastante danificada”, explicou Birolini, destacando que isso tornava o procedimento extremamente complexo e trabalhoso.

A cirurgia: laparotomia exploratória

Bolsonaro passou por uma laparotomia exploratória, procedimento no qual o abdômen é completamente aberto para tratar condições não identificadas previamente em exames de imagem. Birolini reiterou que o ponto de partida para os problemas atuais foi, de fato, a facada sofrida pelo ex-presidente. “O ponto inicial, que fique claro, foi a facada”, afirmou o cirurgião, enfatizando a relação direta entre os danos causados pela violência e os problemas intestinais enfrentados por Bolsonaro.

Recuperação e quadro estável

Na manhã de segunda-feira, Bolsonaro permanecia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com quadro estável e sem previsão de alta. O médico cardiologista Leandro Echenique, que também acompanha o ex-presidente, mencionou que Bolsonaro já estava acordado, conversando e até fazendo piadas. “Está tudo sob controle”, garantiu Echenique durante a coletiva.

O diagnóstico e o procedimento cirúrgico

Bolsonaro foi internado na manhã de sexta-feira (11), após sentir fortes dores abdominais em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, durante uma agenda. Exames iniciais apontaram suboclusão intestinal, um quadro causado por uma obstrução parcial do intestino, relacionada às aderências formadas após as cirurgias decorrentes da facada. O ex-presidente foi transferido de helicóptero para Natal (RN) e, no sábado (12), foi levado para Brasília, onde a necessidade de uma intervenção cirúrgica foi confirmada.

A cirurgia de domingo (13) durou 12 horas e foi considerada a mais complexa entre as realizadas por Bolsonaro desde o atentado. No entanto, a duração da operação já havia sido prevista pela equipe médica.

Conclusão

A intervenção de Jair Bolsonaro foi uma das mais complexas de sua trajetória médica, com a equipe de cirurgiões lidando com as consequências diretas das cirurgias anteriores e dos danos causados pela facada. Embora o ex-presidente continue em recuperação, o quadro clínico estável e os sinais de melhora demonstram que a cirurgia foi bem-sucedida. O acompanhamento médico continuará nos próximos dias, com a expectativa de que Bolsonaro siga sua recuperação sem maiores complicações.

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