A exoneração de Juscelino foi formalizada no DOU, mas o substituto ainda não foi nomeado
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (9). A saída foi formalizada em publicação no Diário Oficial da União (DOU), com a assinatura do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSD). A exoneração foi realizada a pedido do próprio ministro, que, após uma série de investigações, optou por deixar o cargo.
Causa da Exoneração: Denúncia da PGR
A exoneração de Juscelino ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia contra ele. A acusação envolve o suposto desvio de emendas parlamentares durante seu período como deputado federal, com recursos direcionados à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As investigações indicam que o ministro teria favorecido a cidade de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã era prefeita, e há suspeitas de que ele tenha recebido propinas por meio de empresas de fachada.
Na terça-feira (8), Juscelino Filho tomou a decisão de pedir sua exoneração diante da gravidade da denúncia. O caso está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que irá decidir sobre o andamento da denúncia, sendo possível que o ex-ministro se torne réu.
Substituição Ainda Não Foi Definida
Até o momento, não houve nomeação oficial de um substituto para Juscelino Filho no cargo de ministro das Comunicações. No entanto, fontes da CNN indicam que o União Brasil, partido ao qual Juscelino é afiliado, deve continuar à frente da pasta. Dentre os possíveis candidatos para o cargo, o líder do partido na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), é um dos cotados.
Defesa de Juscelino Filho: Afirmação de Inocência
Em resposta às acusações, a defesa de Juscelino Filho se posicionou, afirmando que o ministro é inocente das acusações e descrevendo as alegações como “factoides”. A defesa ainda considerou a denúncia como um reflexo de um “indício perigoso” da chamada “época punitivista” no Brasil. Segundo os advogados, a denúncia não está relacionada ao desempenho do ministro em sua função, e sim a sua atuação anterior no cargo de deputado federal.
Conclusão
Com a exoneração de Juscelino Filho, o Ministério das Comunicações enfrenta um período de incerteza, com a falta de um substituto definido. A pasta permanecerá sob a gestão do União Brasil, mas ainda não se sabe quem assumirá as funções ministeriais. Enquanto isso, Juscelino enfrenta as acusações da PGR e aguarda a decisão do STF sobre seu caso, o que poderá determinar os próximos passos do ex-ministro, tanto no campo político quanto jurídico.