Economia

O real é a moeda que mais se desvaloriza em relação ao dólar no contexto da guerra comercial

Na tarde desta terça-feira (8), o real se tornou a moeda que mais perdeu valor globalmente contra o dólar, em meio à escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Por volta das 14h30, a divisa brasileira registrava uma queda de 1,31% frente ao dólar, sendo cotada a R$ 5,991. Mais cedo, o real chegou a tocar a marca psicológica de R$ 6, uma perda considerável para a moeda brasileira.

Impacto das Tarifas de Trump

O declínio acentuado do real ocorre após a confirmação, por parte da Casa Branca, de tarifas elevadas de 104% sobre as importações da China. Essa medida foi tomada após o governo chinês se recusar a atender ao pedido do presidente Donald Trump, que solicitava o recuo nas tarifas retaliatórias de 34% impostas anteriormente. A escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo gerou um ambiente de incerteza, afetando diretamente as moedas de países emergentes, com o real liderando as perdas.

Outras Moedas Latino-Americanas Também são Afetadas

O impacto da guerra comercial não se restringe ao Brasil. Outras moedas latino-americanas também sofreram quedas significativas frente ao dólar. O peso chileno, por exemplo, apresentou uma desvalorização de 1,04%, enquanto o peso colombiano recuou 1% em relação à divisa norte-americana. Esse movimento reflete o aumento das tensões comerciais e as incertezas econômicas globais, que afetam principalmente os países emergentes.

Conclusão

A nova tarifa de 50% dos EUA sobre as importações da China exacerba as tensões comerciais, o que tem efeitos diretos nas economias globais, especialmente nas dos países emergentes, como o Brasil. A desvalorização do real é um reflexo claro dessa escalada de medidas protecionistas e tarifas, que geram instabilidade nos mercados financeiros.

A curto prazo, a volatilidade das moedas deve continuar, já que as negociações entre as duas potências ainda não mostram sinais de resolução. O mercado financeiro aguarda ansiosamente os próximos passos nas negociações, enquanto as economias de mercados emergentes tentam mitigar os impactos negativos dessas tarifas.

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