Chocolates e azeite mais caros deixam a Páscoa de 2025 mais salgada
A Páscoa de 2025 chegou acompanhada de uma surpresa nada doce para o bolso dos brasileiros: os preços dos ovos de chocolate e de itens tradicionais como o azeite de oliva subiram significativamente, tornando a data mais cara para famílias que mantêm o hábito de celebrar com mesa farta e presentes.
Segundo comerciantes e dados levantados por associações do varejo, o preço médio dos ovos de Páscoa subiu entre 12% e 18% em relação ao ano passado, impulsionado principalmente pela alta do cacau no mercado internacional. O grão, matéria-prima essencial do chocolate, sofreu impactos diretos de problemas climáticos na África Ocidental, principal região produtora, além de uma demanda global crescente.
Outro vilão da inflação pascalina foi o azeite de oliva. Essencial em muitos pratos típicos da Semana Santa, como bacalhau, o produto sofreu reajustes que chegaram a 30% em algumas marcas importadas. A alta é reflexo de uma quebra de safra em países produtores da Europa, como Espanha e Portugal, e da desvalorização do real frente ao euro.
Nas gôndolas, o impacto é sentido diretamente pelo consumidor. Famílias que antes conseguiam montar uma cesta com chocolates, azeite e outros alimentos simbólicos da Páscoa agora precisam reavaliar prioridades ou buscar alternativas. Muitos consumidores optaram por barras de chocolate no lugar dos ovos tradicionais, que custam mais caro pelo formato, embalagem e licenciamento de personagens infantis.
Mesmo com os aumentos, o comércio não deixou de se preparar para atrair clientes. Promoções, combos e até mesmo a venda de ovos artesanais por pequenas empresas cresceram como forma de driblar os altos preços das grandes marcas e manter viva a tradição.
A expectativa é de que, apesar da inflação, as vendas se mantenham estáveis com leve queda em relação a 2024, já que muitos consumidores estão mais cautelosos. Ainda assim, a data segue importante para o varejo e para a indústria alimentícia, movimentando milhões em todo o país.
A Páscoa de 2025, portanto, segue sendo tempo de celebração — mas também de fazer contas e procurar o melhor custo-benefício para manter viva a tradição sem estourar o orçamento.