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Presença de sniper em telhado chama atenção durante ato por anistia na Avenida Paulista

Durante a manifestação realizada neste domingo (7) na Avenida Paulista em defesa da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro, uma imagem inusitada e que gerou repercussão nas redes sociais foi a presença de um sniper posicionado sobre um dos prédios ao longo da avenida. O atirador de elite, armado e com uniforme tático, foi flagrado por fotógrafos e cinegrafistas enquanto observava a movimentação do alto, como parte do esquema de segurança montado para o evento.

A presença do profissional, ainda que não inédita em grandes atos públicos, acendeu debates sobre o clima de tensão e a rigidez do aparato de segurança em manifestações de viés político. Segundo especialistas em segurança, esse tipo de operação é utilizado como medida preventiva para proteger autoridades presentes e reagir rapidamente a eventuais ameaças.

O ato reuniu cerca de 45 mil pessoas, número considerado modesto em comparação ao mesmo evento do ano anterior. Com discursos centrados na defesa dos acusados de envolvimento nos atos golpistas de 2023, o encontro foi pacífico, sem registros de confronto, mas cercado de protocolos severos.

Agentes da Polícia Militar, guardas civis e até cães farejadores foram utilizados para vasculhar a área. Drones também fizeram o monitoramento aéreo, enquanto dezenas de policiais foram posicionados em pontos estratégicos da via.

A fotografia do sniper gerou reações diversas. Para alguns apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a imagem simboliza um clima de intimidação contra manifestantes. Já críticos do ex-presidente destacaram que o aparato é proporcional à gravidade dos atos que motivaram a prisão de centenas de pessoas no ano passado.

O governo estadual não comentou oficialmente sobre a presença do sniper, mas fontes ligadas à segurança pública afirmam que o uso desse tipo de posicionamento é comum em atos que envolvem possíveis ameaças à ordem pública, especialmente quando há a presença de figuras públicas de grande projeção.

Com a repercussão da imagem, o debate sobre o uso de força e vigilância em manifestações políticas deve voltar ao centro das discussões nos próximos dias, especialmente diante da polarização crescente e do calendário eleitoral que se aproxima.

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