Montadora suspende envio aos EUA, e Trump reage com apelo: ‘Aguentem firmes’
A suspensão repentina das exportações de uma importante montadora para os Estados Unidos acendeu o alerta na indústria automotiva americana e provocou uma reação direta do ex-presidente Donald Trump, que apelou publicamente para que o setor e os consumidores “aguentem firmes”.
A paralisação, que atinge um volume expressivo de veículos destinados ao mercado norte-americano, foi atribuída a entraves logísticos, custos elevados e incertezas regulatórias, segundo comunicado interno da empresa. Com a decisão, a distribuição de carros de determinadas linhas será temporariamente interrompida nos EUA, o que pode gerar impacto direto em concessionárias e no consumidor final, especialmente em regiões onde esses modelos são mais populares.
Diante da repercussão, Donald Trump se pronunciou em um comício realizado no interior do Texas. Com tom enfático, pediu calma aos empresários e consumidores. “É mais uma consequência do que fizeram com a nossa economia. Mas vamos resistir. Aguentem firmes. A América vai voltar a liderar”, declarou.
O ex-presidente, que se posiciona novamente como pré-candidato à Casa Branca, aproveitou o episódio para reforçar seu discurso sobre a necessidade de uma política industrial mais agressiva, com incentivos à produção interna e proteção ao setor automotivo nacional. Segundo ele, a dependência de montadoras estrangeiras deixa o país vulnerável.
Embora o impacto inicial seja pontual, analistas do setor já projetam possíveis efeitos em cadeia, com atrasos em entregas, aumento de preços e até mudanças em estratégias de vendas das concessionárias. A expectativa é que a montadora reveja a decisão nas próximas semanas, dependendo de como evoluírem as negociações com o governo americano e eventuais ajustes na cadeia de suprimentos.
Nos bastidores, fala-se que outras fabricantes estão avaliando medidas semelhantes, o que acende um sinal de alerta para o governo Biden, já pressionado por questões econômicas e disputas comerciais.
A suspensão pode ainda se tornar um tema central na campanha presidencial, principalmente se os efeitos forem sentidos diretamente pela população. Em um momento de inflação sensível e desaceleração da economia, qualquer movimento que afete bens de consumo duráveis, como carros, pode ter peso político relevante.