Membro do BCE afirma que tarifas não irão evitar a queda da inflação na Europa
O membro do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, afirmou nesta quarta-feira (2) que os aumentos de tarifas impostos pelo governo dos Estados Unidos não serão um obstáculo para a continuidade da queda da inflação na Europa. Segundo ele, o movimento de desinflação observado no continente permanece firme, mesmo diante das medidas adotadas em Washington.
Inflação na Zona do Euro Aproxima-se da Meta do BCE
De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Eurostat na terça-feira (1º), a inflação na zona do euro caiu para 2,2% no mês passado, em conformidade com as expectativas do mercado. Este resultado aproxima a inflação da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu. A queda no índice de preços reflete um avanço significativo no controle da inflação na região, o que gera expectativas positivas para a política monetária da zona do euro.
Expectativas de Corte nas Taxas de Juros
François Villeroy de Galhau também comentou sobre o futuro das taxas de juros, afirmando que a diminuição contínua da inflação na Europa aumenta a confiança do BCE em uma nova redução nas taxas de juros. O membro do BCE, que também ocupa o cargo de chefe do banco central francês, declarou ao jornal regional francês Midi-Libre que, com o declínio da inflação, a possibilidade de cortes adicionais nas taxas de juros está cada vez mais próxima.
Impacto das Tarifas de Trump sobre a Desinflação
Villeroy de Galhau se mostrou cético quanto ao impacto das tarifas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a trajetória da inflação na Europa. Segundo ele, as tarifas “não devem alterar significativamente o processo de desinflação” no continente, que continua a seguir sua tendência de queda. Para o membro do BCE, a desinflação na Europa é mais influenciada por fatores internos e pela política monetária adotada pelo banco central europeu.
Conclusão
As declarações de François Villeroy de Galhau reforçam a confiança na continuidade do processo de desinflação na Europa, mesmo diante de desafios externos, como os aumentos de tarifas dos Estados Unidos. A queda da inflação na zona do euro para níveis próximos à meta de 2% do BCE indica um cenário positivo para a economia europeia, o que abre caminho para uma possível redução das taxas de juros no futuro próximo. A postura do BCE reflete a confiança de que, apesar dos fatores externos, o controle da inflação na Europa seguirá sua trajetória de desaceleração.
