Economia

Impasse entre Brasil e Paraguai sobre as tarifas de Itaipu

O Brasil e o Paraguai vivem um impasse sobre as tarifas de energia da Usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia. O desentendimento gira em torno da definição do valor que cada país deve pagar pela eletricidade produzida na usina, que é administrada em conjunto pelos dois países desde sua inauguração em 1984.


O que está em disputa?

Ponto de ConflitoPosição do BrasilPosição do Paraguai
Tarifa de energiaDefende um valor menor, para baratear custos para consumidores brasileiros.Quer um preço mais alto para aumentar a arrecadação e os investimentos no Paraguai.
Venda da energia excedenteBrasil quer manter a obrigação do Paraguai de vender sua parte ao Brasil.Paraguai deseja vender energia no mercado livre para outros países.
Revisão do Anexo C do TratadoPropõe uma negociação gradual para evitar aumentos bruscos de tarifas.Quer redefinir os termos rapidamente para aumentar sua autonomia econômica.

Contexto do Impasse

A tarifa da energia de Itaipu é calculada com base nos custos operacionais e no pagamento da dívida contraída para a construção da usina. Com a quitação da dívida em 2023, houve uma divergência sobre como os novos valores deveriam ser aplicados:

  • O Brasil quer uma redução na tarifa para beneficiar seus consumidores.
  • O Paraguai, por outro lado, busca uma valorização da energia para aumentar suas receitas e investimentos em infraestrutura.

O governo paraguaio argumenta que, por anos, vendeu energia ao Brasil por um preço inferior ao de mercado e, agora, quer mais liberdade para negociar sua parte no mercado internacional.


O que pode acontecer?

CenárioImpacto
Brasil e Paraguai chegam a um acordoTarifas ajustadas e continuidade da parceria sem grandes mudanças.
Paraguai insiste na venda livre da energiaBrasil pode perder parte da energia de Itaipu para compradores internacionais.
Acordo não sai e relação se desgastaPossibilidade de crise diplomática e incertezas sobre o fornecimento de energia.

A negociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que define as regras de comercialização da energia, será essencial para resolver a questão. O prazo final para uma decisão definitiva ainda não foi definido, mas o tema segue como um dos mais sensíveis nas relações entre os dois países.

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