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Desemprego cresce pelo 3º mês seguido, mas tem menor taxa para fevereiro desde 2014

A taxa de desemprego no Brasil subiu pelo terceiro mês consecutivo, alcançando 8,6% em fevereiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29). Apesar da alta recente, o índice representa o menor nível para o mês de fevereiro desde 2014, quando a taxa foi de 7,5%.


Crescimento sazonal esperado

O aumento do desemprego nos primeiros meses do ano é um fenômeno comum, pois reflete o encerramento de contratos temporários realizados no final do ano para atender à demanda do comércio e da indústria. Esse movimento, no entanto, não reverte a tendência de melhora do mercado de trabalho observada ao longo de 2023.

Segundo economistas, o resultado indica um mercado de trabalho ainda aquecido, apesar da desaceleração no ritmo das contratações.

“É um crescimento sazonal do desemprego, algo esperado para o começo do ano, mas quando olhamos a trajetória de longo prazo, seguimos em um patamar baixo se comparado com outros anos”, afirmou um especialista em mercado de trabalho.


População ocupada e informalidade

O número de pessoas ocupadas no país ficou em 100,5 milhões, um leve recuo em relação ao trimestre anterior. Já a informalidade, que inclui trabalhadores sem carteira assinada e autônomos, se manteve em 39,1% da força de trabalho, um dado que preocupa especialistas, pois indica um mercado ainda dependente de empregos precários.

O rendimento médio real do trabalhador, por outro lado, apresentou estabilidade, ficando em R$ 3.030 mensais.


Perspectivas para os próximos meses

A expectativa do mercado é de que a taxa de desemprego volte a cair a partir do segundo trimestre, acompanhando o reaquecimento da economia e a criação de novos postos de trabalho. A manutenção de juros elevados, no entanto, pode afetar setores como a indústria, reduzindo o ritmo de contratações.

O governo tem apostado na ampliação de programas sociais e investimentos em infraestrutura para estimular a geração de empregos e sustentar a recuperação do mercado de trabalho ao longo de 2024.

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