Ações na China e em Hong Kong registram queda devido à cautela com os riscos das tarifas dos EUA
As ações de China e Hong Kong encerraram o pregão desta sexta-feira (28) em queda, refletindo um clima de cautela entre os investidores diante da crescente preocupação com os riscos associados às tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida adotada pelo presidente Donald Trump, que visa aumentar as tarifas sobre uma série de importações, gerou incertezas em torno da economia global.
Desempenho dos Índices Asiáticos
No mercado chinês, o índice de Xangai registrou uma queda de 0,67%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores empresas listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, apresentou um recuo de 0,44%. Vários setores enfrentaram perdas, com destaque para o setor financeiro, que viu uma redução de 0,23%, e o de bens de consumo básicos, que caiu 0,49%. Além disso, o setor imobiliário perdeu 0,34%, enquanto o setor de saúde recuou 0,43%.
Hong Kong e o Setor de Tecnologia
O índice Hang Seng de Hong Kong também teve um desempenho negativo, com uma queda de 0,65%. Ao longo da semana, o índice acumulou uma perda de 1,1%, marcando sua terceira queda consecutiva. As ações de gigantes de tecnologia listados em Hong Kong sofreram perdas expressivas, com uma queda de 1,5%, refletindo a pressão sobre o setor.
Incertezas com as Tarifas e Repercussões Globais
O principal fator por trás da queda das ações asiáticas foi a reação dos investidores às novas tarifas anunciadas por Trump. O presidente dos Estados Unidos revelou planos para impor uma tarifa de 25% sobre as importações de automóveis, além de medidas adicionais que devem entrar em vigor a partir de 2 de abril. Essas tarifas geraram temores de que a economia global seja impactada, especialmente as economias exportadoras, que dependem do comércio internacional.
Apelo do Presidente Xi Jinping
Em meio à crescente tensão comercial, o presidente chinês, Xi Jinping, fez um apelo nesta sexta-feira (28) a um grupo de CEOs globais, pedindo que as cadeias de suprimentos e industriais fossem protegidas. Sua declaração teve como objetivo suavizar as preocupações das empresas estrangeiras, que temem as repercussões da guerra tarifária em andamento e a desaceleração econômica da China.
Conclusão
O impacto das tarifas dos EUA continua a ser uma preocupação significativa para os mercados asiáticos, especialmente para os setores mais expostos ao comércio internacional, como o automotivo e o tecnológico. A postura do governo chinês de tentar mitigar esses efeitos, por meio de apelos a líderes globais e esforços para proteger suas cadeias produtivas, reflete a complexidade da situação. O mercado seguirá atento às próximas ações de Trump e ao impacto delas sobre as economias globais.