Leite afirma confiar nas instituições em relação ao julgamento da denúncia da PGR
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), se manifestou nesta terça-feira (25) sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa 34 pessoas de envolvimento em atos golpistas. Leite afirmou confiar nas instituições do Brasil e no processo judicial em andamento.
Confiança nas Instituições
Em entrevista à CNN, o governador destacou a importância das instituições brasileiras, como a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal. Ele ressaltou o papel fundamental desses órgãos na análise e julgamento do processo, afirmando que confia plenamente no trabalho das autoridades envolvidas. “Temos as instituições, como a Polícia Federal, que investiga e faz uma análise que oferece ao Ministério Público Federal, que apresenta a sua denúncia e existe um Supremo Tribunal Federal que se debruça sobre esta denúncia. Eu confio, sim, nas instituições”, declarou Leite.
Respeito ao Processo Judicial
Leite também fez uma analogia ao processo que envolveu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Operação Lava Jato, que resultou em sua prisão por 580 dias em Curitiba. O governador lembrou que, assim como a atuação da Polícia Federal, do Ministério Público e do STF foi respeitada no caso de Lula, ela deve ser igualmente respeitada agora no julgamento de Jair Bolsonaro. “Acho que todos aqueles que usaram, justamente, do processo do atual presidente para atacá-lo, devem agora respeitar o mesmo processo que se vai acontecer ao ex-presidente Bolsonaro”, disse Leite. Ele completou afirmando que não ataca nenhum dos dois processos e que respeita o trabalho das autoridades no julgamento.
Impressões Pessoais e Limitações no Conhecimento do Processo
Embora tenha demonstrado confiança nas instituições, Leite afirmou que não tem “domínio” completo sobre o processo que levou à denúncia da PGR, o que o impede de fazer uma análise detalhada ou opinar sobre uma possível condenação. “Eu tenho as minhas impressões, mas para cravar eu teria que ter o domínio do processo que eu não tenho, porque estou ocupado com outras funções governando o meu estado”, explicou o governador.
O Julgamento no STF
O julgamento da denúncia de golpismo começou nesta terça-feira (25) e irá avaliar se Jair Bolsonaro e outros sete acusados, que fazem parte do chamado “núcleo 1” da investigação, devem se tornar réus. Além de Bolsonaro, estão sendo julgados:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
O julgamento segue um formato escalonado, conforme a divisão de núcleos feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e outros núcleos da investigação ainda devem ser analisados em datas futuras.
Conclusão
Eduardo Leite reafirmou a importância de um julgamento justo e imparcial e reiterou sua confiança nas instituições que estão conduzindo o processo. O caso segue em avaliação pelo STF, que tem a responsabilidade de garantir que o Estado Democrático de Direito seja respeitado, independentemente da posição política de qualquer envolvido.