Aliados afirmam que Bolsonaro não deverá acompanhar o julgamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve estar presente durante o julgamento que pode torná-lo réu no Supremo Tribunal Federal (STF), relacionado à investigação sobre um suposto plano golpista. De acordo com aliados bolsonaristas, a expectativa é que Bolsonaro esteja em Brasília no dia 25 de março, data marcada para o início da análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas ele não deve acompanhar a sessão.
Julgamento no STF e Pauta Legislativa: O Planejamento de Bolsonaro
No mesmo dia em que começa o julgamento, parlamentares aliados de Bolsonaro têm programado um encontro em Brasília, com foco na discussão sobre a pauta legislativa e em um esforço pelo Projeto de Lei da Anistia. No entanto, ainda não há confirmação de que o ex-presidente participará dessa reunião.
A estratégia adotada pelos deputados e senadores bolsonaristas é que Bolsonaro mantenha distância do julgamento, evitando uma participação direta nas discussões no STF. Esse movimento visa passar a mensagem de que o ex-presidente não se importa com a decisão da Suprema Corte e reforçar a narrativa de perseguição política que Bolsonaro tem promovido desde o fim de seu mandato.
Bolsonaro e a Investigação sobre o Plano Golpista
Bolsonaro está no primeiro grupo da denúncia, considerado o mais importante devido à inclusão de supostos líderes da organização criminosa apontada nas investigações. Além de Bolsonaro, outros ex-ministros de seu governo, como Walter Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), também são mencionados neste núcleo.
A estratégia de Bolsonaro e seus aliados de minimizar o impacto do julgamento reflete o foco em preservar a narrativa de vitimização, evitando dar visibilidade ao processo no STF e ao mesmo tempo mantendo o apoio de seus seguidores.
Conclusão
Com o julgamento que pode torná-lo réu prestes a começar, Bolsonaro e seus aliados adotam uma postura estratégica de afastamento, buscando descredibilizar o processo e manter a narrativa de perseguição política. Embora a presença do ex-presidente em Brasília para discutir pautas do PL da Anistia esteja prevista, a decisão de não acompanhar o julgamento no STF parece ser uma tentativa de afastar-se do foco da investigação. O desfecho do caso poderá impactar ainda mais o cenário político brasileiro e as articulações para 2026.