Início do consignado pode aumentar endividamento devido à migração dificultada
O governo federal iniciou na última sexta-feira (21) o novo programa de crédito consignado voltado para trabalhadores do setor privado. A proposta do programa é oferecer uma opção de crédito com juros mais baixos, visando ajudar aqueles que já enfrentam dívidas. No entanto, a medida não é isenta de desafios, pois a migração de dívidas antigas para o novo sistema só será possível a partir de 25 de abril. A portabilidade de empréstimos entre bancos ainda terá que aguardar até 6 de junho para começar. Com isso, muitos trabalhadores podem acabar contraindo novas dívidas durante esse período.
Migração de Dívidas: Só a Partir de Abril
Ao contrário do esperado, o programa de crédito consignado não permite que os trabalhadores que já possuem dívidas no sistema migrem para a nova linha de crédito com juros mais baixos imediatamente. Essa troca só será viável a partir do final de abril, quando começa a migração dos empréstimos com juros mais altos para os mais baratos. Até lá, quem procurar o crédito consignado terá que assumir novas dívidas, em vez de refinanciar as antigas.
Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o objetivo inicial era justamente oferecer uma solução mais acessível para aqueles que estavam endividados com altos juros, como os cobrados por agiotas e algumas instituições financeiras. A nova modalidade de crédito tinha como intenção facilitar a saída desse ciclo de endividamento, mas sem a possibilidade de migração imediata, a realidade pode ser diferente. “As pessoas agora podem ter crédito barato para sair do endividamento. O banco que cobrar menos, vá lá e faça a mudança”, disse Lula.
Novo Crédito Consignado
Sem a possibilidade de migrar as dívidas antigas, os trabalhadores podem se ver tentados a fazer novos empréstimos, o que pode aumentar ainda mais o endividamento. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o interesse