Economia

Bolsas europeias têm queda, com empresas aéreas afetadas por incêndio em Londres

As bolsas europeias encerraram o pregão desta sexta-feira (21) em território negativo, com destaque para o impacto do fechamento temporário do Aeroporto de Heathrow, em Londres, devido a um incêndio em uma subestação elétrica. O incêndio causou uma queda de energia que interrompeu as operações no maior aeroporto da Europa, pressionando diretamente o setor aéreo e afetando as ações das principais companhias. O fechamento do aeroporto resultou em atrasos e cancelamentos de voos, afetando fortemente as ações da International Airlines Group (IAG), dona da British Airways, que caiu 2,3%. Além disso, a Whitbread, proprietária de redes hoteleiras, também viu suas ações recuarem 2,21%.

Mercados principais: perdas em Londres, Frankfurt e Paris

O índice FTSE 100 de Londres recuou 0,63%, encerrando o dia em 8.646,79 pontos. Em Frankfurt, o DAX perdeu 0,47%, fechando aos 22.891,38 pontos, enquanto o CAC 40 de Paris teve uma queda de 0,63%, atingindo 8.042,95 pontos. Por outro lado, o Ibex 35 de Madri teve uma leve alta de 0,32%, fechando em 13.349,40 pontos, e o PSI 20 de Lisboa caiu 0,92%, a 6.797,50 pontos. Milão também não escapou da tendência negativa, com o FTSE MIB perdendo 0,39%, para 39.035,71 pontos.

Setor aéreo e tensão geopolítica pesam nos mercados

O fechamento do aeroporto de Heathrow afetou não apenas as empresas aéreas, mas também outras relacionadas ao setor de turismo, com a Air France-KLM, por exemplo, recuando 2,87% em Paris. No entanto, nem mesmo o impacto positivo da aprovação preliminar do pacote fiscal de expansão da Alemanha foi suficiente para dar fôlego aos mercados, uma vez que os temores com o setor aéreo e as tensões geopolíticas dominaram as negociações.

O mercado também reagiu a fatores externos, como as crescentes tensões entre Rússia e Ucrânia. Os dois países trocaram acusações sobre um ataque na cidade de Sudzha, no Oblast de Kursk, o que continuou a alimentar as incertezas geopolíticas. Além disso, o índice de confiança do consumidor da zona do euro apresentou queda, refletindo uma maior cautela dos investidores no bloco econômico.

Desempenho da semana e destaques econômicos

Na semana, o FTSE 100 conseguiu um pequeno ganho de 0,2%, enquanto o DAX registrou uma queda de 0,42%. O CAC 40 teve um aumento de 0,18%, e o PSI 20 de Lisboa fechou com um avanço de 0,39%. O FTSE MIB, de Milão, subiu 0,98%, enquanto o Ibex de Madri teve um expressivo ganho de 2,6%.

Em termos macroeconômicos, a reforma fiscal na Alemanha, que amplia o endividamento público, foi aprovada pela Câmara Alta do Parlamento, o que também contribuiu para alguma volatilidade nos mercados, especialmente no que diz respeito às expectativas econômicas da maior economia da Europa.

Conclusão

O fechamento do Aeroporto de Heathrow, combinado com as incertezas geopolíticas e as flutuações econômicas, gerou uma pressão considerável sobre as bolsas europeias nesta sexta-feira. O setor aéreo foi o principal atingido, mas o impacto se estendeu a outros setores, evidenciando um cenário de cautela para os investidores. Com a aprovação fiscal na Alemanha e as tensões internacionais no radar, os mercados europeus devem continuar sendo influenciados por esses fatores nas próximas semanas.

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