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Netanyahu Defende Retomada de Ataques em Gaza Durante Negociações

Pressão Sobre o Hamas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as negociações para um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza seguirão “sob fogo”. Em pronunciamento na terça-feira (18), ele justificou a retomada dos ataques como uma estratégia para pressionar o Hamas a liberar os reféns capturados em outubro de 2023.

Segundo Netanyahu, Israel evitou ações militares por duas semanas na expectativa de que o Hamas mudasse sua posição, o que não ocorreu. “Enquanto Israel aceitou a oferta dos Estados Unidos, o Hamas se recusou a fazê-lo. Foi por isso que autorizei a renovação da ação militar contra o Hamas. E este é apenas o começo”, declarou.

Intensificação dos Conflitos

Poucas horas após o pronunciamento, Israel lançou uma série de ataques aéreos contra militantes do Hamas em Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde local, mais de 400 pessoas morreram nos bombardeios, incluindo mulheres e crianças. Essa foi a ofensiva mais intensa desde o cessar-fogo firmado em 19 de janeiro.

O Hamas reagiu duramente à retomada dos ataques. O dirigente do grupo, Izzat al-Rishq, acusou Israel de violar o acordo e afirmou que a decisão “impõe uma sentença de morte” aos reféns mantidos em Gaza.

O Acordo de Cessar-Fogo

O cessar-fogo estabelecido em janeiro previa três fases: suspensão total dos confrontos, aumento da ajuda humanitária em Gaza e troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. A primeira etapa terminou em 1º de março, e as partes negociavam a transição para a segunda fase. No entanto, uma proposta dos Estados Unidos e de Israel para estender a primeira etapa foi rejeitada pelo Hamas, que considerou a mudança inaceitável.

Com o impasse, Israel endureceu sua posição e interrompeu a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Agora, com os ataques renovados, o governo israelense busca pressionar o Hamas a ceder. A ação ocorre com o aval dos Estados Unidos.

Conclusão

A retomada dos ataques agrava ainda mais a crise na região e dificulta as negociações para um novo cessar-fogo. Enquanto Israel insiste que os bombardeios são necessários para garantir a libertação dos reféns, o Hamas classifica a ofensiva como uma violação do acordo, colocando em risco a vida dos prisioneiros. Diante desse cenário, as perspectivas de um fim para o conflito seguem incertas.

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