PF prende nove pessoas em operação contra fraudes no INSS
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18), a Operação Caça ao Tesouro para combater um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nove pessoas foram presas, incluindo servidores do INSS, advogados e um escrevente de cartório. O grupo criminoso atuava há mais de uma década e causou um prejuízo superior a R$ 50 milhões à União.
Esquema de fraudes e atuação da quadrilha
A investigação teve início em 2022, quando um homem foi preso em flagrante ao tentar sacar valores provenientes de benefícios previdenciários obtidos por meio de fraude. A partir dessa prisão, a Polícia Federal descobriu uma rede de profissionais que usavam seus conhecimentos e cargos para conceder, manter e reativar benefícios fraudulentos. Entre os envolvidos estão servidores do INSS, advogados, um escrevente de cartório e um profissional de gráfica.
O grupo era especializado em saques ilegais e tinha um sistema bem estruturado para burlar os mecanismos de controle. Ao todo, foram identificados 193 benefícios sacados irregularmente, resultando no desvio de mais de R$ 50 milhões.
Operação e mandados cumpridos
A Operação Caça ao Tesouro envolveu 70 policiais federais, que cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão. As ações ocorreram em diversas cidades do Rio de Janeiro, incluindo a capital, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Araruama e Mesquita.
Durante a operação, foram apreendidos documentos falsificados, carteiras de trabalho em branco, rolos de contas de luz usadas para falsificação de comprovantes de residência e celulares que podem conter provas das fraudes cometidas pelo grupo.
Possíveis penalidades para os envolvidos
Os investigados poderão responder pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informação (peculato digital) e organização criminosa. Caso sejam condenados, as penas podem chegar a 22 anos de reclusão, além do pagamento de multas.
Conclusão
A Operação Caça ao Tesouro representa um passo importante no combate às fraudes contra o INSS, que impactam diretamente os cofres públicos e prejudicam a população que depende dos benefícios previdenciários. A atuação da Polícia Federal reforça a necessidade de aprimoramento dos mecanismos de fiscalização para evitar a ação de organizações criminosas e garantir que os recursos sejam destinados corretamente aos beneficiários legais.