Nesta sexta-feira, caso Marielle completa 7 anos; relembre os detalhes
Nesta sexta-feira, o Brasil marca o sétimo aniversário do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, um crime que ainda permanece cercado de mistério e que segue sendo um dos episódios mais emblemáticos da luta por justiça e direitos humanos no país. O caso, ocorrido em 14 de março de 2018, chocou a população brasileira e gerou repercussões internacionais, devido ao contexto em que Marielle foi executada e à luta que ela representava como defensora das causas das minorias e da periferia, especialmente em um Rio de Janeiro marcado por violências estruturais e políticas.
Marielle Franco, que era uma das vozes mais ativas em favor dos direitos das mulheres, da população negra e LGBTQIA+, e de um modelo de segurança pública mais justo, foi assassinada a tiros quando voltava de um evento no centro do Rio de Janeiro. Ela estava acompanhada de Anderson Gomes, seu motorista, e ambos foram surpreendidos por disparos feitos por dois homens que estavam em um carro. Desde aquele momento, a dor e o luto tomaram conta de familiares, amigos e apoiadores da luta de Marielle, enquanto a sociedade brasileira e o mundo inteiro se questionavam sobre os motivos e os responsáveis por esse crime brutal.
O assassinato de Marielle Franco foi amplamente acompanhado pela mídia e gerou uma onda de protestos por todo o Brasil e fora dele. A morte da vereadora não apenas tirou uma das mais importantes defensoras da justiça social do país, mas também expôs as profundas desigualdades e tensões no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, onde o tráfico de drogas, as milícias e a violência policial estão entre os principais desafios da segurança pública.
Após anos de investigações e reviravoltas, em 2019, dois ex-policiais militares, Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, foram identificados como os principais suspeitos do crime. Lessa é acusado de ser o autor dos disparos, enquanto Queiroz teria sido o motorista do veículo utilizado na execução. No entanto, apesar das prisões e da identificação dos suspeitos, muitas questões permanecem sem resposta. A motivação do crime, o envolvimento de outras pessoas e a possível relação com interesses políticos e empresariais ainda são pontos que seguem sendo investigados.
Ao longo desses sete anos, a luta pela justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes não cessou. Familiares, amigos e movimentos sociais têm se mobilizado de maneira incansável para garantir que todos os responsáveis sejam punidos e que a memória de Marielle seja preservada como símbolo da resistência e do compromisso com os direitos humanos.
Além disso, o caso de Marielle inspirou a criação de várias iniciativas que visam fortalecer a voz das mulheres, negras e das comunidades periféricas. Organizações e movimentos de todo o Brasil continuam a trabalhar em sua memória, destacando a importância de se combater a violência política e de garantir que lideranças como a de Marielle possam existir em um ambiente onde a democracia e os direitos humanos sejam respeitados.
Comemorando este sétimo aniversário, o Brasil se lembra de Marielle Franco não apenas como uma vítima de um crime hediondo, mas como uma figura de resistência que seguiu lutando pela igualdade e pelo bem-estar dos marginalizados até o fim de sua vida. A busca pela verdade e pela justiça segue sendo um dever coletivo, e seu legado segue vivo na luta de muitos por um Brasil mais justo e menos violento.