Vice-presidente da Câmara afirma que o PL cumprirá o acordo e renunciará à presidência da CCJ
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), anunciou que o Partido Liberal (PL) irá respeitar o acordo de rodízio entre os partidos para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A decisão, comunicada à CNN na quarta-feira (12), coloca fim à reivindicação do PL de manter o comando da comissão, apesar de ser o maior partido da Casa.
O Compromisso com o Acordo de Bloco
Em sua declaração, Côrtes enfatizou que o entendimento de blocos parlamentares, feito no início da legislatura com Arthur Lira na presidência da Câmara, será cumprido. Embora o PL seja a maior bancada, o partido se comprometerá a seguir o acordo firmado entre as legendas, que prevê que a CCJ seja comandada, neste ano, pelo MDB ou União Brasil. O PL, apesar de ter comandado a comissão no ano passado, acatou que o rodízio entre os partidos será mantido.
“Esse entendimento de bloco parlamentar vai valer. O PL é o maior partido da Câmara e vai exercer esse direito de fazer as primeiras escolhas, mas sempre respeitando o acordo da CCJ”, afirmou Côrtes.
Resistências e Novos Desafios
O Partido Liberal não deixou de reivindicar a presidência de outras comissões, especialmente a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN). Apesar das resistências, o PL segue firme na intenção de indicar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o comando da CREDN, o que tem gerado disputas internas.
Além disso, o PL poderá indicar a presidência de outras comissões, mas o foco permanece na presidência da CREDN e em garantir maior influência nas decisões da Câmara.
Conclusão
Com a decisão de respeitar o acordo sobre a CCJ, o PL demonstra flexibilidade e compromisso com as alianças dentro da Câmara, mas sem abrir mão de sua força política, particularmente no que se refere à Comissão de Relações Exteriores. A disputa por outras comissões e os desafios internos permanecem, e a dinâmica política deverá continuar a se ajustar conforme o desenvolvimento das negociações entre os blocos.