Trump afirma que os impactos econômicos das tarifas “não durarão por muito tempo”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou nesta quinta-feira (13) que não cederá nas tarifas de 25% impostas sobre as importações de aço e alumínio, apesar das reações negativas dos mercados financeiros. Em uma declaração no Salão Oval, Trump indicou que qualquer impacto econômico causado por essas medidas não será duradouro, tranquilizando, parcialmente, os setores preocupados.
Trump reafirma sua posição sobre as tarifas
Em meio à volatilidade nos mercados financeiros, Trump se manteve firme em suas políticas protecionistas. Durante sua conversa com repórteres, o presidente afirmou que não recuaria em sua postura sobre as tarifas, especialmente no que diz respeito ao aço, alumínio e até mesmo aos carros. “Não, não vou ceder em nada sobre alumínio, aço ou carros. Não vamos ceder. Fomos enganados como país por muitos e muitos anos”, disse Trump, justificando suas ações com a argumentação de que os Estados Unidos foram prejudicados por acordos comerciais anteriores.
Além disso, Trump sugeriu que os impactos econômicos da implementação das tarifas seriam de curta duração. “Agora, haverá uma pequena disrupção, mas não será muito longa”, afirmou ele, buscando minimizar as preocupações sobre uma possível desaceleração econômica.
Nova ameaça tarifária sobre bebidas alcoólicas
Além das tarifas sobre o aço e alumínio, Trump também levantou a possibilidade de aplicar uma tarifa de 200% sobre as bebidas alcoólicas importadas da União Europeia. A medida, caso implementada, causaria grande impacto na indústria de bebidas destiladas e geraria novas tensões comerciais entre os EUA e seus aliados.
A relação com o Canadá e suas implicações econômicas
O presidente americano também reitrou seu desejo de fazer do Canadá o 51º estado, com uma retórica que reflete um tom de distanciamento em relação ao parceiro comercial. Trump argumentou que os Estados Unidos não precisam dos recursos do Canadá, como carros, energia ou madeira, e justificou as importações canadenses como uma forma de “querer ser útil”.
Vale destacar que os Estados Unidos dependem significativamente das importações de madeira macia do Canadá, respondendo por cerca de 30% da demanda do país. Além disso, o sistema de energia de ambos os países é altamente interconectado, o que pode criar novas complicações caso as tarifas sejam impostas sem uma solução negociada.
Efeitos sobre pequenas empresas e a economia dos EUA
Por fim, Trump minimizou as preocupações de que as tarifas pudessem prejudicar as pequenas empresas americanas. Segundo ele, os empresários americanos sairão mais fortes economicamente com as medidas. “Eles ficarão muito mais ricos do que são agora”, afirmou o presidente, adotando um tom otimista sobre as possíveis consequências para os negócios nos Estados Unidos.
Conclusão
As palavras de Trump mostram um presidente determinado a seguir com sua agenda de tarifas e protecionismo, mesmo diante das incertezas econômicas que suas medidas podem gerar. Embora ele tenha garantido que os efeitos adversos não serão duradouros, os mercados continuam a observar atentamente o desenrolar da situação. O impacto das tarifas, tanto no mercado interno quanto nas relações comerciais internacionais, ainda está por se revelar.
