Economia

Setor de vinhos de Portugal alerta que tarifas de Trump serão um grande prejuízo

O setor de vinhos da União Europeia está em alerta devido à recente ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 200% sobre bebidas alcoólicas importadas, incluindo vinhos europeus. A medida foi anunciada em uma publicação no Truth Social, onde Trump estabeleceu que essa tarifa só será revogada caso o governo europeu retire a tarifa de 50% que impôs sobre o uísque dos Estados Unidos.

Repercussões para o mercado de vinhos portugueses

Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, entidade responsável pela promoção internacional do vinho português, expressou grande preocupação com a situação. Para ele, a imposição dessa tarifa seria “altamente prejudicial” e afetaria severamente o setor de vinhos em Portugal. “Se essas tarifas avançarem, será um desastre para o nosso setor. Vamos pressionar fortemente o nosso governo e a União Europeia para resolverem essa situação”, afirmou Falcão.

O mercado norte-americano é um dos maiores importadores de vinhos portugueses. Em 2024, as exportações de vinhos de Portugal para os EUA atingiram 102,1 milhões de euros, sendo o segundo maior mercado de exportação do país, atrás apenas da França, com 103,4 milhões de euros.

Impacto nas exportações da União Europeia

Os vinhos europeus têm uma presença significativa no mercado norte-americano. Em 2024, a União Europeia exportou 29% de todo o vinho do bloco para os Estados Unidos, o que representou um valor de 4,9 bilhões de euros, conforme dados da Eurostat. A nova tarifa poderia impactar diretamente esses números, afetando tanto os produtores quanto os mercados consumidores.

Conclusão

A ameaça de uma tarifa de 200% representa um risco significativo para a indústria do vinho da União Europeia, especialmente para países como Portugal. As entidades envolvidas estão tomando medidas para pressionar as autoridades governamentais a buscar uma solução para evitar um impacto econômico substancial. Caso a tarifa seja implementada, os efeitos podem ser devastadores não só para o setor de vinhos, mas também para as relações comerciais entre os EUA e os países da União Europeia.

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