Politica

Lula afirma que Haddad precisa mostrar um pouco mais de charme

Durante a assinatura da Medida Provisória que cria o “Crédito do Trabalhador”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma declaração curiosa sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Lula afirmou que, embora admire o trabalho do ministro, ele acredita que Haddad deveria ser mais “carismático” ao falar em público.

“Haddad precisa passar um pouco de charme”

Lula, em tom descontraído, comentou que Haddad não é sempre o mais expressivo ao usar o microfone e sugeriu que ele poderia se mostrar mais carismático nas suas aparições. O presidente, no entanto, não deixou de elogiar o desempenho do ministro da Fazenda, destacando que Haddad tem sido fundamental para a condução da economia brasileira nos últimos dois anos. Mesmo com a leve crítica, Lula afirmou que, no final de seu governo, Haddad será reconhecido como “o melhor ministro da Fazenda da história”.

“O que é fácil hoje, pode ser difícil amanhã, e por isso trabalhamos para que a coisa dê certo”, afirmou o presidente, enfatizando o longo caminho que a gestão econômica do governo terá até o fim de seu mandato.

Ações econômicas e desenvolvimento sustentável

Lula também falou sobre o impacto das políticas econômicas em diversas camadas da sociedade, destacando o papel da circulação de dinheiro, especialmente para os mais pobres. Para o presidente, o desenvolvimento econômico só se concretiza com a movimentação do dinheiro, que, segundo ele, deve alcançar todos os segmentos da população, sendo os mais pobres quem mais contribuem para o crescimento rápido da economia, ao gastar imediatamente o que ganham.

“Com 10 reais, ele não vai guardar no banco, ele vai comprar comida, vai comprar alguma coisa, e esse dinheiro vai circular”, explicou Lula, mostrando sua visão sobre a importância de uma economia dinâmica, onde a classe mais carente desempenha papel crucial.

Haddad pede apoio dos governadores na redução do ICMS sobre alimentos

No evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a orientação de Lula para que os governadores sigam o exemplo da União e isentem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre alimentos essenciais, uma medida que visa reduzir os preços no mercado. A proposta busca aliviar o impacto da carestia no Brasil, mas, como o governo já anunciou, a adesão de todos os estados ainda está em disputa.

Haddad destacou que o novo sistema tributário, previsto para entrar em vigor em 2027, ajudará o Brasil a ter um dos melhores modelos do mundo, uma vez que a reforma inclui isenção do ICMS para itens da cesta básica, como carne, leite, ovos e outros alimentos. O ministro apelou para que os governadores antecipem essa mudança para ajudar na redução da inflação e combater a alta dos preços no mercado.

Desafios com a adesão dos estados

Apesar das intenções do governo, as medidas não têm agradado a todos os governadores. Estados como Maranhão e Piauí já tomaram medidas progressivas para reduzir o ICMS sobre alimentos, mas outros, como o Espírito Santo e Rio Grande do Sul, ainda estudam os impactos financeiros da mudança, mostrando que o caminho para a implementação total das políticas é repleto de desafios.

Conclusão

Lula e Haddad seguem empenhados em implementar políticas econômicas que busquem melhorar a circulação de dinheiro e combater os altos preços de alimentos no Brasil. A medida de isenção do ICMS sobre alimentos é apenas um dos pontos dessa estratégia mais ampla, e a adesão dos governadores será decisiva para o sucesso dessas políticas.

Por mais que o governo enfrente desafios no apoio dos estados, a visão de Lula e Haddad é clara: é necessário continuar buscando soluções que favoreçam as camadas mais carentes da população, e a perspectiva de um sistema tributário mais justo e eficiente, com a colaboração de todos os entes federativos, permanece como um dos pilares da gestão econômica do atual governo.

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