Ministro afirma que objetivo é garantir aumento da segurança em relação à Voepass
Em resposta à decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de suspender temporariamente as operações da Voepass, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comentou em suas redes sociais sobre os motivos que levaram à medida. Segundo ele, a ação busca garantir que a companhia aérea fortaleça sua governança e melhore seus processos operacionais, com foco em segurança. Costa Filho afirmou que o Ministério dos Portos e Aeroportos tem acompanhado de perto a situação, reforçando que a decisão foi necessária para evitar riscos adicionais.
Irregularidades e preocupações com a segurança operacional
A Anac justificou a suspensão devido à incapacidade da Voepass de corrigir irregularidades encontradas durante a fiscalização realizada pela Agência. Além disso, a empresa não conseguiu cumprir as condições previamente estabelecidas, necessárias para manter suas operações dentro dos padrões exigidos de segurança. A suspensão, portanto, reflete a preocupação com a segurança dos passageiros e a necessidade de melhorar a estrutura de governança da companhia.
Acidente aéreo e fiscalização intensificada
A decisão ocorre após um trágico acidente envolvendo a Voepass em agosto de 2024, na cidade de Vinhedo, São Paulo, que resultou em 62 vítimas fatais. Esse evento trágico levou à intensificação da fiscalização da Anac nas operações da empresa, incluindo vistorias e inspeções mais rigorosas. A empresa, que ocupa a quarta posição entre as maiores do país, já vinha enfrentando dificuldades em suas operações, incluindo uma redução na malha aérea e a exigência de mudanças nos processos de manutenção e gestão.
Plano de ação e diálogo com outras companhias aéreas
De acordo com o ministro Costa Filho, o governo não está apenas monitorando a situação da Voepass, mas também buscando garantir que os passageiros não sejam prejudicados pela suspensão. O ministro mencionou que já estão em andamento conversas com a Latam, com o objetivo de assegurar que os passageiros afetados possam ser atendidos adequadamente, sem maiores transtornos. O governo segue em busca de alternativas para minimizar os impactos da decisão.
Próximos passos e acompanhamento da situação
A Anac tem exigido da Voepass ações corretivas, incluindo a substituição de administradores e ajustes nos processos internos da companhia. Em fevereiro de 2024, novas vistorias indicaram uma degradação significativa na eficiência do sistema de gestão da empresa, o que levou à decisão de suspensão. O governo, através do acompanhamento contínuo da situação, busca garantir que a companhia aérea reforce sua capacidade operacional e de segurança, para que as condições de voo voltem a ser confiáveis.
Conclusão
A suspensão das operações da Voepass reflete a crescente preocupação das autoridades com a segurança dos passageiros e a necessidade de garantir que as companhias aéreas sigam as exigências operacionais estabelecidas. Apesar dos transtornos causados aos passageiros, a ação é vista como uma medida preventiva para evitar riscos maiores e garantir a confiança no transporte aéreo. O governo, por meio de conversas com outras empresas aéreas, busca minimizar os impactos da decisão e garantir que os direitos dos passageiros sejam preservados.