Secretário dos EUA declara que Trump não irá aliviar as tarifas sobre o fentanil
O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou neste domingo (9) que o presidente Donald Trump não vai reduzir as tarifas impostas ao México, Canadá e China, especialmente no que diz respeito ao opioide fentanil, que continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública do país.
Lutnick explicou, em entrevista ao programa “Meet the Press” da NBC, que as tarifas continuarão em vigor até que o presidente se sinta confortável com o progresso no combate ao fentanil. “Se o fentanil acabar, isso mudará. Mas, enquanto não houver uma solução, ou se houver incerteza sobre isso, as tarifas continuarão”, disse o secretário, destacando que a prioridade é salvar vidas americanas.
Impacto das tarifas sobre aço e alumínio
As tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio também entrarão em vigor, conforme o cronograma, na próxima quarta-feira (12). Canadá e México, que são os maiores fornecedores desses metais aos Estados Unidos, especialmente o Canadá, que lidera as importações de alumínio, terão de se ajustar às novas medidas. Lutnick reiterou que o objetivo dessas tarifas é fortalecer a produção interna e reduzir a dependência de importações.
Riscos econômicos e reajustes nos preços
Apesar das preocupações sobre os efeitos econômicos dessas tarifas, Lutnick rejeitou as alegações de que elas poderiam levar a uma recessão nos Estados Unidos. “Não haverá recessão na América”, afirmou o secretário de Comércio, deixando claro que a estratégia de Trump visa fortalecer a economia interna. Contudo, ele reconheceu que, inicialmente, alguns produtos fabricados no exterior terão preços mais elevados, o que poderá afetar o consumidor americano. “Alguns produtos estrangeiros poderão ficar mais caros, mas os produtos americanos vão se tornar mais baratos”, explicou.
Conclusão
A postura de Trump e de seus conselheiros comerciais deixa claro que o governo americano está priorizando a luta contra a crise do fentanil, e as tarifas são uma ferramenta estratégica para pressionar os países envolvidos. Embora o impacto sobre os preços de consumo seja um ponto sensível, o governo aposta na substituição das importações por produtos fabricados internamente, o que pode beneficiar a economia americana a longo prazo.