Pessoas próximas a Tarcísio consideram as discussões sobre 2026 como uma “pressão desnecessária”
As recentes declarações de Gilberto Kassab (PSD), atual secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, geraram desconforto no entorno do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Kassab revelou a intenção de integrar a chapa de Tarcísio como vice nas eleições de 2026, caso o governador busque a reeleição para o cargo. Apesar de o ex-ministro já ter discutido o tema com o próprio Tarcísio e com o atual vice, Felicio Ramuth (PSD), as declarações têm sido vistas com ceticismo e preocupação, especialmente no que tange ao momento em que ocorrem.
Pressão desnecessária no cenário político
De acordo com fontes ligadas ao Palácio dos Bandeirantes, tanto membros do governo estadual quanto aliados políticos de Tarcísio consideram a movimentação de Kassab, e as conversas sobre a disputa eleitoral em 2026, como uma “pressão desnecessária”. Aliados próximos ao governador afirmam que a situação atual não exige esses movimentos, uma vez que a avaliação sobre Tarcísio é extremamente positiva. “Todo movimento para ser vice de Tarcísio é perda de tempo e energia”, diz um interlocutor da gestão estadual, destacando que o governador goza de excelente popularidade e estabilidade.
A sucessão e o futuro político de Felicio Ramuth
Outro fator que complica o cenário é a possibilidade de Felicio Ramuth, atual vice de Tarcísio, ser o candidato do governo para sucedê-lo, caso Tarcísio decida disputar a presidência da República em 2026. Esse movimento, dentro do partido, visa apresentar Ramuth como sucessor legítimo, permitindo uma continuidade na administração do estado. Caso isso aconteça, Tarcísio precisaria renunciar ao cargo de governador nove meses antes do pleito presidencial, o que abriria o caminho para Felício assumir o governo até a eleição.
O cenário presidencial: Tarcísio e a disputa de 2026
Enquanto isso, a discussão sobre o futuro de Tarcísio na presidência ganha força. Tarcísio é visto como um dos nomes mais competitivos para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, caso Jair Bolsonaro (PL) não consiga reverter sua inelegibilidade. Contudo, há um ponto de divergência importante: Bolsonaro tem manifestado interesse em colocar seu próprio nome na corrida presidencial e posicionar um de seus filhos como vice, o que deve impactar as articulações dentro do PL.
Conclusão
A movimentação antecipada de Gilberto Kassab e as disputas internas sobre a sucessão no governo de São Paulo refletem um cenário de crescente pressão e especulação política. Por enquanto, a prioridade de Tarcísio parece ser manter o foco em sua gestão estadual, mas a pressão por definições claras sobre 2026 pode complicar as articulações. Além disso, a articulação entre o governador e seu vice, Felicio Ramuth, continuará sendo um ponto chave para o futuro político do estado.