Nísia revela que deixou o Ministério após encontrá-lo em uma situação de desorganização
Nesta segunda-feira (10), Nísia Trindade anunciou sua saída do Ministério da Saúde, destacando os desafios enfrentados ao longo de sua gestão. Em seu discurso de despedida, a ex-ministra compartilhou a difícil tarefa de reconstruir a pasta após os danos provocados pela gestão anterior durante a pandemia da Covid-19.
Ministério Desmontado Após o Governo Bolsonaro
Nísia Trindade não hesitou em destacar o estado crítico do Ministério da Saúde ao assumir o cargo, logo após o governo de Jair Bolsonaro. Ela descreveu o cenário como um ministério “desmontado e desacreditado”, resultado da crise sanitária e da perda de 700 mil vidas para a Covid-19.
“Encontrei o Ministério desmontado e desacreditado após a terrível experiência das 700 mil mortes por Covid no governo passado”, afirmou. Além disso, revelou que a pasta enfrentava sérios problemas estruturais, como mais de 4,5 mil unidades de saúde aguardando credenciamento e mais de 4 mil obras paralisadas.
A Reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS)
Durante sua gestão, Nísia se dedicou à reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco em melhorar a capacidade de gestão e infraestrutura. Ela destacou com orgulho o trabalho realizado para recuperar o SUS, afirmando que seu legado está relacionado à recuperação da pasta e à capacidade de gestão do sistema de saúde pública brasileiro.
Passagem de Cargo e Novos Desafios
Nísia Trindade passou a pasta do Ministério da Saúde para Alexandre Padilha, desejando-lhe boa sorte em sua nova jornada. A ex-ministra também agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio durante sua gestão, ressaltando o orgulho de ter servido como ministra do SUS.
Conclusão
A saída de Nísia Trindade marca o fim de um período desafiador, mas também de grandes conquistas na reconstrução do Ministério da Saúde e do SUS. Seu trabalho de reestruturação da pasta e a recuperação de serviços essenciais à população brasileira são elementos que compõem o seu legado. Com a chegada de Alexandre Padilha, novos desafios se colocam à frente, mas a reconstrução iniciada por Nísia Trindade certamente deixará uma base sólida para a continuidade do trabalho no setor da saúde pública.
