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Barroso diz que algoritmo está se consolidando como um conceito fundamental da atualidade

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez uma análise profunda das transformações que os avanços tecnológicos têm provocado na sociedade atual. Durante a cerimônia em que recebeu o Colar de Mérito “Prefeito Brigadeiro Faria Lima” no Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Barroso ressaltou que vivemos sob os efeitos da terceira revolução industrial, uma revolução ainda em andamento.

Para ele, essa mudança transformou profundamente a forma como interagimos com o mundo. “Essa revolução alterou a maneira como vivemos, compramos livros, fazemos pesquisas”, observou Barroso. De acordo com o ministro, todos nós passamos a utilizar um novo vocabulário tecnológico, que inclui termos como “algoritmo”, algo impensável até recentemente.

O Surgimento da Quarta Revolução Industrial

Barroso também destacou que, enquanto a terceira revolução industrial ainda está em curso, já estamos testemunhando o surgimento da quarta revolução industrial. Para o presidente do STF, o principal protagonista dessa nova fase é a inteligência artificial, uma tecnologia que promete transformar ainda mais as nossas vidas de forma profunda e inesperada.

Ele comparou a chegada da inteligência artificial generativa, que inclui sistemas como o ChatGPT, ao impacto causado pela invenção da imprensa com tipos móveis, ressaltando a grandeza da inovação. No entanto, o ministro afirmou que, apesar do impacto profundo da inteligência artificial, ele não compartilha uma visão negativa do avanço tecnológico, mas sim uma postura crítica e reflexiva sobre seu uso.

A Necessidade de Regulamentação e Ética no Uso da Inteligência Artificial

Apesar de reconhecer o enorme potencial da inteligência artificial, Barroso defendeu a necessidade de uma regulamentação para lidar com as consequências dessa inovação. Para ele, é essencial refletir eticamente sobre o uso dessa tecnologia. “O processo civilizatório existe para reprimir o mal e potencializar o bem. Quando lidamos com a inteligência artificial, é exatamente isso que precisamos fazer: potencializar o que ela permite de bom e, evidentemente, impedir e reprimir o que possa vir como consequência negativa”, afirmou o ministro.

Conclusão

O discurso de Luís Roberto Barroso trouxe à tona questões cruciais sobre os desafios e as oportunidades que os avanços tecnológicos representam para a sociedade. Embora reconheça o grande impacto da terceira e da quarta revolução industrial, ele salienta que é preciso uma abordagem ética e regulamentada para lidar com as tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial, garantindo que seus benefícios sejam maximizados e seus riscos minimizados. O futuro dependerá da forma como a sociedade e as autoridades irão moldar essas mudanças, equilibrando inovação com responsabilidade.

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