Lula indica Verônica Abdalla para reforçar presença feminina no STM
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a indicação da advogada Verônica Abdalla Sterman para ocupar uma vaga no Superior Tribunal Militar (STM). A decisão foi oficializada em uma edição extra do Diário Oficial da União no último sábado (8), coincidindo com o Dia Internacional da Mulher, um gesto simbólico em meio às demandas por maior representatividade feminina nas altas cortes do país.
Uma nomeação histórica
Caso a indicação seja confirmada pelo Senado, Verônica se tornará a segunda mulher a ocupar uma cadeira no STM em mais de dois séculos de existência do tribunal. Atualmente, a única ministra na composição da corte é Maria Elizabeth Rocha, que foi nomeada em 2007.
A nomeação de Verônica ocorre após a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, prevista para abril deste ano. Antes de assumir o cargo, a advogada passará por uma sabatina no Senado, etapa necessária para a aprovação de sua nomeação.
Apoio político e trajetória
A indicação de Verônica foi impulsionada por figuras políticas influentes, como a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, de quem Verônica foi advogada, além do vice-presidente Geraldo Alckmin. Sua nomeação reforça o compromisso do governo em ampliar a presença de mulheres em posições de destaque dentro do Judiciário.
Recentemente, Maria Elizabeth Rocha, que será a futura presidente do STM, manifestou publicamente a necessidade de mais mulheres na corte militar. A nomeação de Verônica vai ao encontro dessa demanda, fortalecendo o papel feminino em um espaço historicamente dominado por homens.
Mudanças na composição do STM
O Superior Tribunal Militar é composto por 15 ministros, sendo 10 oficiais das Forças Armadas e cinco civis. Com a possível aprovação de Verônica, o STM contará com duas mulheres entre seus membros, um avanço significativo para a inclusão feminina no sistema judiciário militar.
A expectativa agora gira em torno da sabatina no Senado, que analisará a indicação antes da posse definitiva de Verônica Abdalla Sterman. Se aprovada, sua presença no STM representará um passo importante para a diversidade de gênero dentro da Justiça Militar brasileira.