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O autor do laudo solicitado pelo PL sobre as urnas afirmou nunca ter mencionado fraude

O engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Na última quarta-feira (5), Rocha apresentou sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF), rebatendo as acusações de participação em atividades criminosas. A denúncia envolve um grupo de 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e aponta crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

A Defesa de Carlos Rocha: Ausência de Provas

A defesa de Carlos Rocha, apresentada ao STF, refuta as alegações de envolvimento com um plano golpista, enfatizando a “total ausência de provas concretas” que comprovem a acusação de um golpe de Estado. O documento destaca que o trabalho do Instituto Voto Legal (IVL) foi realizado com base em metodologias técnicas reconhecidas, como auditorias de conformidade e práticas de governança em conformidade com normas internacionais, como a ISO/IEC 27001. A defesa também destaca que Rocha nunca mencionou a palavra “fraude” em qualquer relatório, mensagem ou entrevista.

O Papel do Instituto Voto Legal nas Eleições de 2022

O Instituto Voto Legal foi contratado pelo Partido Liberal (PL) em 2022, com o objetivo de investigar possíveis fraudes nas urnas eletrônicas e embasar críticas ao processo eleitoral. No entanto, o relatório produzido pelo IVL não apresentou nenhuma evidência que comprovasse fraude ou irregularidades significativas. De acordo com a defesa, a ausência de provas levou aqueles que não aceitaram os resultados das eleições a tentar criar uma narrativa de fraude, apontando Rocha como um “bode expiatório”.

Metodologia e Imparcialidade do Trabalho Técnico

A defesa de Rocha também salienta que o IVL seguiu metodologias rigorosas e imparciais em suas análises. A defesa argumenta que o Instituto não se envolveu em alegações infundadas de fraude, mas se limitou a fornecer uma avaliação técnica do processo eleitoral. Segundo o documento, todas as atividades foram conduzidas de acordo com as boas práticas internacionais e com o respaldo de documentos oficiais dos tribunais responsáveis pela supervisão das eleições.

Críticas ao Processamento no STF e Solicitação de Primeira Instância

Além de rebater as acusações de envolvimento em um golpe de Estado, a defesa de Rocha questiona a competência do STF para julgar o caso. Os advogados argumentam que, por Rocha não ter foro privilegiado, ele deveria ser processado na primeira instância, como qualquer outro cidadão. A defesa sugere que a alegação de envolvimento em um golpe de Estado seja fruto de uma tentativa de construir uma narrativa sem evidências concretas.

Conclusão

O caso de Carlos Rocha continua a ser acompanhado de perto, já que ele foi um dos 34 denunciados pela PGR em relação à tentativa de golpe de 2022. Embora a defesa de Rocha tenha apresentado argumentos que buscam descreditar as acusações, o desfecho do processo dependerá da avaliação do STF, que terá até esta quinta-feira (6) para revisar os documentos e decidir os próximos passos. A questão central do caso será determinar se as evidências são suficientes para sustentar as graves acusações ou se o engenheiro será absolvido das acusações de envolvimento em um golpe de Estado.

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