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Projeto de Eunice Paiva propõe mudança no nome de rodovia em SP para Castello Branco

Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), um projeto de lei foi apresentado pelo deputado Guilherme Cortez (PSOL), que propõe a alteração do nome da rodovia SP-280, atualmente chamada de Castello Branco, para Eunice Paiva. A iniciativa visa ressignificar espaços públicos, refletindo um movimento de revisão histórica e memória das vítimas do regime militar.

Quem foi Eunice Paiva?

Eunice Paiva foi uma advogada e militante pela justiça, esposa de Rubens Paiva, ex-deputado federal que foi sequestrado e morto durante o período da ditadura militar nos anos 1970. O projeto de Cortez justifica que a homenagem à Eunice Paiva é relevante, considerando sua atuação como símbolo de resistência contra a repressão e em busca de justiça para os injustiçados da época.

A Rodovia Castello Branco

A SP-280, com 318 km de extensão, conecta a Grande São Paulo ao interior do estado, passando por cidades como Itu e Sorocaba. Desde a sua inauguração, a rodovia carrega o nome de Humberto Castello Branco, primeiro presidente do Brasil durante a ditadura militar. O projeto visa mudar esse nome para destacar a figura de Eunice Paiva e sua importância na luta por justiça.

Projetos em São Paulo

Além dessa proposta para a rodovia, na cidade de São Paulo, o vereador Nabil Bonduki (PT) também tem trabalhado para retirar nomes ligados ao regime militar de ruas e praças. Entre as mudanças propostas, a Praça Augusto Rademaker Grunewald poderia ser renomeada para Praça Eunice Paiva, e a Avenida Presidente Castelo Branco, que faz parte da Marginal Tietê, passaria a se chamar Avenida Engenheiro Rubens Paiva.

Reconhecimento Internacional

Na última semana, o filme “Ainda Estou Aqui”, que conta a história da família Paiva, venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Essa conquista foi histórica, pois representou a primeira vez que o Brasil levou a estatueta nesta categoria, chamando ainda mais atenção para a luta de Eunice Paiva e sua família.

Conclusão

O projeto de lei para mudar o nome da rodovia SP-280 reflete uma crescente busca por justiça e reconhecimento das vítimas da ditadura militar. Ao substituir um nome ligado à repressão por um símbolo de resistência, o deputado Guilherme Cortez propõe uma reflexão sobre a memória histórica e a importância de honrar aqueles que lutaram pela liberdade. A mudança não se limita à rodovia, mas faz parte de um movimento maior que busca reescrever a história de forma a respeitar os direitos humanos e a justiça social.

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