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Mulher Descobre Parasita no Cérebro Após Sentir Queimação nas Pernas

Uma mulher de 30 anos foi surpreendida ao receber um diagnóstico inesperado depois de procurar atendimento médico nos Estados Unidos. Inicialmente, ela relatava sensação de queimação nos pés e nas pernas, mas exames revelaram a presença de um parasita no cérebro.

Sintomas e Primeiros Diagnósticos

A paciente havia retornado recentemente de uma viagem de três semanas pela Tailândia, Japão e Havaí. Ao voltar, começou a apresentar dores de cabeça, alterações na sensibilidade dos sentidos e a intensa queimação nas pernas. Inicialmente, atribuiu os sintomas ao jet lag, mas, com a persistência do desconforto, procurou atendimento médico.

Os primeiros exames apontaram uma leve eosinofilia, alteração nos glóbulos brancos associada a infecções parasitárias. Ela recebeu ibuprofeno para alívio dos sintomas, mas as dores se intensificaram, especialmente na cabeça e no tronco. Uma nova ida ao pronto-socorro resultou em exames normais e na prescrição de medicamentos para dor de cabeça.

Agravamento do Quadro e Diagnóstico

No dia seguinte, a mulher começou a apresentar confusão mental, acreditando que precisava arrumar as malas para uma viagem. Diante da gravidade da situação, seu parceiro a levou novamente ao hospital. Os exames continuavam sem alterações significativas, exceto pela alta taxa de eosinófilos, o que indicava uma possível infecção parasitária.

Os médicos chegaram ao diagnóstico de meningite eosinofílica, causada por larvas do verme Angiostrongylus. A infecção ocorreu devido ao consumo de alimentos crus, como sushi e saladas, durante sua passagem por Tóquio e Havaí.

Causa da Infecção e Tratamento

O parasita encontrado no organismo da paciente é comum em roedores, que eliminam suas larvas pelas fezes. Caracóis, lesmas e outros animais, como camarões de água doce, caranguejos terrestres e sapos, podem ser contaminados ao ingerir essas larvas. A transmissão para humanos ocorre através do consumo desses hospedeiros infectados quando estão crus ou mal cozidos.

Com o diagnóstico confirmado, a mulher foi internada e tratada com anti-inflamatórios. Após seis dias de internação, recebeu alta hospitalar e continuou a recuperação em casa.

Conclusão

O caso serve de alerta para os riscos do consumo de alimentos crus ou mal cozidos, especialmente em regiões onde há maior incidência de parasitas. A meningite eosinofílica é uma doença rara, mas potencialmente grave. Por isso, medidas de prevenção, como garantir a procedência e higienização adequada dos alimentos, são essenciais para evitar complicações semelhantes.

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