Taxa de desemprego atinge 6,5% no trimestre finalizado em janeiro, segundo IBGE
A taxa de desemprego no Brasil apresentou uma leve alta, atingindo 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número representa a segunda variação consecutiva de alta após a menor taxa de desemprego registrada na série histórica, que foi de 6,1% no trimestre móvel de setembro a novembro de 2024.
Aumento no Desemprego, Mas Abaixo das Expectativas do Mercado
Embora tenha ocorrido um aumento na taxa de desemprego, o número ficou abaixo da expectativa do mercado, que previu uma taxa de 6,6% para o período. De acordo com William Kratochwill, analista do IBGE, a variação de 0,3 pontos percentuais em relação ao trimestre de outubro de 2024 foi a maior desde 2017, embora ainda mostre uma melhoria considerável em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando a taxa foi de 7,6%.
Informalidade Mostra Queda, mas ainda Preocupa
A taxa de informalidade no Brasil também apresentou uma leve redução, alcançando 38,3%, o que equivale a 39,5 milhões de trabalhadores informais. Esse número é inferior ao registrado no trimestre anterior (38,9%) e ao do mesmo período de 2024 (39,0%). A diminuição da informalidade é atribuída à redução do número de trabalhadores sem carteira assinada, que agora soma 13,9 milhões, enquanto o número de trabalhadores por conta própria se manteve estável em 25,8 milhões.
Crescimento no Emprego Formal, Mas Desafios Persistem
Em contrapartida, o número de ocupados no setor privado com carteira assinada aumentou para 39,3 milhões, marcando uma estabilidade na comparação com o trimestre anterior e um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar disso, o cenário de crescimento no emprego formal ainda enfrenta desafios, com muitos trabalhadores permanecendo em condições informais.
Conclusão
Embora o Brasil tenha registrado uma leve alta na taxa de desemprego no início de 2025, o cenário apresenta sinais mistos. A redução na taxa de informalidade e o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada são pontos positivos, mas a taxa de desemprego ainda mostra uma trajetória ascendente, o que exige atenção para a recuperação do mercado de trabalho. A melhora relativa no contexto geral, mesmo com a variação negativa no desemprego, aponta para um mercado de trabalho em recuperação gradual, mas com desafios a serem superados.