Itamaraty consultou Moraes antes de nota contra EUA
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) procurou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), antes de publicar uma nota oficial em resposta a uma crítica indireta do governo Donald Trump. Moraes foi consultado sobre aspectos jurídicos e sobre o conteúdo de uma postagem feita pelo Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos.
Mudança de postura no Itamaraty
Até o momento, o Itamaraty vinha adotando uma estratégia cautelosa, com a orientação de evitar um agravamento da situação e não responder às provocações. No entanto, essa postura mudou após uma publicação do governo americano na rede social X, que foi vista como uma “provocação”. Isso levou a uma mudança na abordagem diplomática, com a resposta sendo cuidadosamente elaborada para refletir um tom “duro” e “proporcional”.
Análise sobre a reação diplomática
Fontes diplomáticas brasileiras acreditam que a batalha está apenas começando, considerando que a publicação americana, mesmo sendo do Departamento de Hemisfério Ocidental – um setor com uma hierarquia mais baixa no governo dos EUA – possui simbolismo devido à sua ligação com o Departamento de Estado. A postura brasileira visa garantir que o país não fique “em cima do muro”, adotando uma postura clara e firme.
Expectativa sobre o futuro da relação
Há uma preocupação interna de que, caso o governo Trump intensifique as críticas ou pressões sobre o Brasil, a situação possa evoluir para um cenário mais tenso. A orientação do governo brasileiro, no entanto, é de que não se deve retroceder. A postura mais rígida da diplomacia brasileira reflete a disposição de enfrentar possíveis adversidades em nome da defesa dos interesses nacionais.
Conclusão
A reação do Itamaraty e a consulta a Alexandre de Moraes indicam que o Brasil está adotando uma postura mais firme nas relações internacionais, especialmente em relação a provocações vindas dos Estados Unidos. Com uma estratégia de resposta calculada, o governo brasileiro busca evitar escaladas de conflito, mas sem deixar de defender seus interesses de forma clara e objetiva. A tensão diplomática entre Brasil e EUA, no entanto, pode estar apenas começando, e os próximos passos dependerão de como a administração Trump escolherá continuar suas interações com o país.