Cresce a Proporção de Brasileiros com Ensino Superior Completo, Aponta IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (26) novos dados do Censo 2022, revelando um crescimento significativo no número de brasileiros que concluíram o ensino superior nas últimas duas décadas.
Aumento do Ensino Superior no Brasil
Em 2000, apenas 6,8% da população brasileira possuía nível superior completo. Dez anos depois, esse percentual subiu para 11,3%, e, em 2022, atingiu 18,4%. O crescimento expressivo demonstra uma ampliação no acesso à educação superior no país ao longo dos anos.
Diferença Entre Gêneros
A análise do IBGE também evidenciou que as mulheres apresentam um nível de instrução superior em comparação aos homens. Em 2022, 20,7% das mulheres haviam concluído a graduação, enquanto entre os homens o percentual foi de 15,8%. Esses números reforçam uma tendência observada nos últimos anos, em que a presença feminina no ensino superior tem sido mais expressiva.
Evolução por Cor ou Raça
Os dados do Censo 2022 mostram que a proporção de pessoas com ensino superior completo aumentou em todos os grupos raciais. O crescimento foi especialmente significativo entre as populações pretas e pardas, que registraram um aumento superior a cinco vezes no percentual de graduados ao longo das duas últimas décadas.
Diferenças Raciais nas Profissões
A pesquisa também revelou desigualdades raciais na distribuição de profissionais formados em diferentes áreas. No curso de Medicina, por exemplo, 75,5% dos graduados eram brancos, 19,1% eram pardos e apenas 2,8% eram pretos. Já em Serviço Social, a composição foi mais equilibrada: 47,2% de brancos, 40,2% de pardos e 11,8% de pretos. Esses números evidenciam a persistência de disparidades raciais em determinadas profissões.
Conclusão
Os resultados preliminares do Censo 2022 reforçam o avanço da educação superior no Brasil, com um crescimento significativo na quantidade de graduados em todas as categorias analisadas. No entanto, os dados também mostram que ainda há desigualdades educacionais entre gêneros e grupos raciais, refletindo desafios estruturais que precisam ser enfrentados para garantir maior equidade no acesso ao ensino superior e às oportunidades profissionais.