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O defensor de Bolsonaro reafirma que solicitará a anulação da delação de Cid

Defesa questiona delação e busca prorrogação de prazo para apresentar argumentos

O advogado Celso Vilar, que integra a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), se reuniu recentemente com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e anunciou que pedirá a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Vilar afirmou que, além de contestar as acusações feitas por Cid sobre a suposta participação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe, também solicitará mais tempo para apresentar os argumentos da defesa.

Anulação da delação de Cid

Mauro Cid, em sua delação, afirmou que o ex-presidente Bolsonaro, junto com o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, liderou uma trama golpista. Cid também revelou informações envolvendo o caso das joias sauditas e um suposto pedido de Bolsonaro para que o ex-ajudante de ordens forjasse o cartão de vacina do ex-presidente e de sua filha. A defesa de Bolsonaro, no entanto, busca invalidar essas revelações, argumentando que a delação de Cid não é válida e que seus depoimentos não devem ser usados contra o ex-presidente.

Pedido de prorrogação do prazo para defesa

Em relação ao processo, o advogado Celso Vilar também informou que a defesa de Bolsonaro solicitará uma nova prorrogação do prazo para apresentar os argumentos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) estabeleceu um prazo de 15 dias para a defesa, mas o time jurídico do ex-presidente busca ampliar esse prazo para 83 dias, argumentando que a denúncia foi elaborada em um período de tempo maior. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, já havia negado esse pedido anteriormente.

Denúncia e os crimes atribuídos a Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo acusado de vários crimes relacionados aos acontecimentos que ocorreram após as eleições de 2022. A lista inclui acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado. A PGR enviou a denúncia ao STF, e agora o relator Alexandre de Moraes será responsável por avaliar os próximos passos do processo.

O impacto da delação de Cid e os próximos passos do processo

A delação de Mauro Cid continua sendo um ponto central na investigação. Cid detalhou, em seu depoimento, o papel de Bolsonaro e de outros envolvidos em um suposto golpe e descreveu episódios como o pedido para forjar documentos e o envolvimento com as joias sauditas. Embora a PGR tenha escolhido não incluir esses casos na denúncia inicial, Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal em investigações separadas sobre o caso das joias e o cartão de vacinação.

Com a defesa buscando anular a delação e estender o prazo para apresentar seus argumentos, o processo pode seguir um caminho mais longo do que o inicialmente esperado. Após a análise do relator, o STF decidirá se Bolsonaro e os outros acusados serão formalmente processados.

Conclusão

O caso de Jair Bolsonaro no STF segue gerando intensas movimentações jurídicas. A defesa do ex-presidente continua contestando a validade da delação de Mauro Cid, além de buscar mais tempo para elaborar seus argumentos. A expectativa é que os próximos passos do processo, como a avaliação da denúncia e a definição de prazos, sejam determinantes para o desenrolar do caso. Enquanto isso, as acusações contra Bolsonaro, envolvendo uma série de crimes, continuam a ser debatidas na Corte.

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