Falece aos 88 anos Roberta Flack, a icônica voz de “Killing Me Softly”
Aos 88 anos, Roberta Flack, uma das maiores ícones do soul e da música romântica, faleceu, conforme divulgado por sua assessoria nesta segunda-feira (24). A cantora, que conquistou o coração de gerações com sucessos como “Killing Me Softly With His Song”, deixa um legado de contribuições à música, à arte e ao ativismo social.
A carreira e o impacto musical
Flack foi mais do que uma intérprete de canções; ela foi uma artista inovadora que desafiou as convenções musicais e culturais de sua época. Com cinco Grammy Awards em seu currículo, ela não apenas brilhou nas paradas de sucesso, mas também foi uma voz de destaque em movimentos sociais e culturais.
Com sua formação clássica e sua busca por liberdade artística, ela começou a carreira como organista de igreja e formou-se em educação musical pela Howard University. Contudo, ao longo da década de 1960, a cantora se viu limitada pelas barreiras impostas pela indústria da música clássica. Foi em sua transição para o soul e o pop que Flack encontrou sua verdadeira vocação, marcando seu nome na história da música.
Seu primeiro álbum de estúdio, First Take, lançado em 1969, trouxe a interpretação apaixonada de “The First Time Ever I Saw Your Face”, canção que se tornaria um sucesso internacional após ser usada no filme Play Misty for Me, de Clint Eastwood. Esse foi apenas o começo de uma carreira repleta de hits que encantaram os fãs ao redor do mundo.
Colaborações marcantes e legado
Flack também teve uma série de colaborações memoráveis, especialmente com o cantor Donny Hathaway, com quem gravou o aclamado álbum Roberta Flack & Donny Hathaway. Juntos, eles conquistaram o Grammy com a inesquecível “Where Is the Love”. Mas foi com sua versão de “Killing Me Softly With His Song”, lançada em 1973, que ela consolidou ainda mais sua posição no topo das paradas. A música se tornou um clássico e lhe garantiu novos Grammy Awards.
Em sua carreira, a cantora também abordou questões sociais e políticas, tratando de temas como injustiça racial, desigualdade social e direitos civis, colocando sua voz a serviço de causas importantes. Seu trabalho influenciou artistas como Lauryn Hill e o grupo Fugees, que regravaram “Killing Me Softly” em 1996, e também deixou um impacto nas gerações seguintes de artistas, como Lady Gaga, Lizzo e Ariana Grande.
O fim de uma era
O legado de Roberta Flack vai além de suas canções de amor. Seu ativismo e a coragem de levantar bandeiras de luta nas letras de suas músicas continuam sendo um reflexo da sociedade em que vivemos. Embora o mundo da música tenha perdido uma de suas maiores vozes, Flack sempre será lembrada como uma artista que viveu sua arte de forma profunda e autêntica.
Sua morte, após uma luta contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), marca o fim de uma era, mas seu legado permanece vivo por meio das canções que continuam a emocionar gerações. A cantora partiu cercada de sua família, deixando para trás não apenas uma vasta discografia, mas uma influência que atravessa o tempo e inspira tanto músicos quanto ouvintes ao redor do mundo.
Conclusão
Roberta Flack não era apenas uma cantora; ela foi uma pioneira que usou sua música para conectar pessoas e promover mudanças. Seu trabalho vai muito além da melodia e das palavras; ele tocou questões humanas universais, e sua voz, inconfundível, permanecerá para sempre marcada na história da música. Mesmo após a sua partida, o impacto de Roberta Flack segue forte, celebrando uma vida dedicada à arte e à luta por um mundo melhor.