Economia

Os bancos irão distribuir R$ 48,9 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) em 2024

Os quatro maiores bancos listados na B3 desembolsaram, em 2024, R$ 48,9 bilhões em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), um valor que representa o segundo maior pagamento desde 2010. Esses dados foram analisados por Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria, e destacam o crescimento contínuo da distribuição de proventos pelo setor bancário, que acontece pelo segundo ano consecutivo.

Crescimento Contínuo, Mas Sem Relacionamento Direto com o Lucro de 2024

Embora o número de distribuições tenha mostrado um aumento, Rivero observou que esses pagamentos não necessariamente refletem o lucro do ano em questão, uma vez que os valores distribuídos podem envolver lucros de períodos anteriores. Em 2024, o montante distribuído ficou abaixo apenas dos R$ 58 bilhões pagos em 2019, quando o Itaú Unibanco foi o maior repassador de dividendos. Nesse ano, o Itaú também recuperou sua posição de liderança após ser superado pelo Banco do Brasil em 2023.

Distribuição por Banco: Itaú Unibanco Lidera Novamente

O Itaú Unibanco foi o maior distribuidor de proventos em 2024, com R$ 21,9 bilhões, um valor que, embora impressionante, ainda é inferior ao recorde de R$ 26,1 bilhões alcançado pelo banco em 2019. O Banco do Brasil, por sua vez, teve uma leve redução nos valores distribuídos, com R$ 14,8 bilhões, abaixo dos R$ 15,3 bilhões de 2023. Já o Bradesco e o Santander apresentaram números mais modestos em relação aos dois maiores bancos do país. O Bradesco reduziu seu pagamento de proventos para R$ 6,5 bilhões, abaixo dos R$ 8,9 bilhões de 2023, enquanto o Santander manteve a distribuição em torno de R$ 5,6 bilhões, igual ao valor do ano anterior.

Resiliência do Setor Bancário Brasileiro

De acordo com Einar Rivero, o crescimento da distribuição de proventos em 2024 é um reflexo da resiliência do setor bancário brasileiro, que tem se mostrado robusto, mesmo frente a um cenário econômico desafiador. “O aumento na lucratividade e a retomada da liderança pelo Itaú Unibanco indicam uma possível continuidade dessa tendência nos próximos anos, especialmente se os bancos mantiverem políticas agressivas de remuneração ao acionista”, comentou Rivero.

Conclusão

O desempenho dos bancos brasileiros na distribuição de dividendos e JCP em 2024 reforça a solidez do setor bancário, que se mantém forte mesmo diante de desafios econômicos. O crescimento contínuo nas distribuições e a recuperação do Itaú Unibanco como líder do setor são sinais de que a política de remuneração ao acionista deve continuar sendo uma prioridade para os principais bancos do país. Se essa tendência se mantiver, espera-se que os próximos anos tragam mais recordes de distribuição de lucros, consolidando o setor bancário brasileiro como uma força resiliente e rentável na economia nacional.

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