O primeiro-ministro afirmou que a Europa demonstrará fraqueza caso rejeite acordo entre o Mercosul e União Europeia
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, expressou recentemente seu apoio ao acordo de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, afirmando que a Europa demonstraria “fraqueza” caso não aprove essa importante negociação. As declarações de Montenegro ocorreram durante sua participação no Fórum Brasil-Portugal, realizado em São Paulo na quinta-feira, 20 de fevereiro.
A Urgência do Acordo: Uma Oportunidade para a Europa
Montenegro descreveu o acordo como uma oportunidade estratégica que a União Europeia precisa “agarrar” para manter sua relevância no cenário político e econômico global. O primeiro-ministro português alertou que, caso a Europa não aprove o acordo com o Mercosul, ela estará comprometendo sua capacidade de se firmar como um ator de destaque no cenário mundial. “Se a Europa não for capaz de agarrar, vai demonstrar fraqueza, fragilidade, incapacidade de se firmar como um player ainda mais relevante do ponto de vista político e econômico”, declarou Montenegro.
O Papel do Conselho Europeu na Aprovação do Acordo
O Conselho Europeu, formado pelos 27 chefes de Estado da União Europeia, é visto como o maior obstáculo para a ratificação do acordo. Para que o pacto seja aprovado, é necessário que 15 países da União Europeia, representando pelo menos 65% da população do bloco, validem os termos acordados. Montenegro, que se posiciona como o principal defensor do acordo dentro do Conselho Europeu, mencionou que constantemente reforça essa necessidade aos seus pares.
Apoio do Vice-Presidente Brasileiro
Ao lado de Montenegro, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, também se manifestou sobre a importância do acordo. Alckmin ressaltou que a aprovação do pacto entre o Mercosul e a União Europeia é de grande relevância para os dois blocos, com o intuito de fortalecer suas economias e relações bilaterais.
Conclusão
O futuro do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia agora depende de uma decisão crucial do Conselho Europeu. Caso a União Europeia se recuse a ratificar o pacto, pode perder uma oportunidade significativa de fortalecer suas relações comerciais e políticas com países da América Latina. Além disso, a postura europeia diante desse acordo será um indicativo de sua capacidade de se manter competitiva e relevante no cenário global.
