Economia

Ações do GPA sofrem queda superior a 6% após rebaixamento de recomendação de neutro para venda por JPMorgan

A ação ordinária do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) registrou uma queda significativa superior a 6% no pregão desta terça-feira (18), puxando o Ibovespa para oscilar negativamente. Por volta das 11h40, os papéis do GPA caíam 6,69%, cotados a R$ 2,93. O movimento foi impulsionado por uma mudança na recomendação do JPMorgan, que passou a classificar os papéis da empresa como “abaixo da média”, indicando a sugestão de venda do ativo.

Razões para a queda: a análise do JPMorgan

O principal motivo para o rebaixamento da recomendação do GPA, de “neutro” para “abaixo da média”, foi a análise do desempenho financeiro da empresa. O banco destacou com preocupação a geração de caixa e o elevado endividamento do grupo. O JPMorgan também indicou que o setor alimentício varejista, embora esteja mostrando uma performance melhor desde o início do ano, enfrenta desafios, como o aperto monetário, que afeta negativamente as companhias do segmento.

O relatório do JPMorgan ressaltou que o desempenho atual do setor não reflete melhorias nos fundamentos das empresas, mas sim uma combinação de fatores externos, como a redução nas taxas de juros e a alta alavancagem das empresas do setor, com exceção do GPA.

Grupo Mateus se destaca no setor

Em contraponto à recomendação negativa para o GPA, o JPMorgan demonstrou uma preferência pela ação do Grupo Mateus (GMAT3), que tem se mostrado mais atrativo dentro do mesmo setor. O banco acredita que o desempenho superior do Grupo Mateus, em comparação com o GPA, deve se manter à medida que o setor de alimentos se adapta ao cenário econômico.

Panorama do mercado e influência externa

A queda do GPA também ocorreu no contexto de um mercado mais cauteloso. Investidores estão de olho nas negociações entre os Estados Unidos e a Rússia na Arábia Saudita sobre o fim da guerra na Ucrânia, o que gerou uma maior aversão ao risco. Essa cautela contribuiu para que o Ibovespa operasse perto da estabilidade durante o pregão, com os investidores reagindo de forma mais defensiva frente ao cenário geopolítico.

Conclusão

O rebaixamento das ações do GPA pelo JPMorgan reflete preocupações sobre a geração de caixa e a alavancagem da empresa, o que levou o papel a cair mais de 6%. Enquanto isso, o Grupo Mateus se destaca como uma opção mais segura dentro do setor alimentício. Com o cenário econômico global afetando o apetite por risco, os investidores seguem monitorando atentamente o desempenho do mercado.

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