Economia

Powell afirma que não há urgência em reduzir juros, pois a economia dos EUA segue forte

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deixou claro nesta terça-feira (11) que não há urgência para o banco central dos Estados Unidos reduzir as taxas de juros, já que a economia do país segue robusta, com baixa taxa de desemprego e inflação ainda acima da meta de 2%. Em seu depoimento ao Comitê Bancário do Senado, Powell destacou que a política monetária precisa ser ajustada com cautela para não comprometer os progressos no controle da inflação.

Economia dos EUA em Recuperação, mas Desafios Persistem

De acordo com Powell, a economia dos Estados Unidos tem mostrado força nos últimos anos, com avanços significativos em direção aos objetivos do Federal Reserve. A taxa de desemprego, atualmente em 4%, é considerada próxima do nível de pleno emprego, e a inflação, embora ainda acima da meta de 2%, vem apresentando sinais de desaceleração.

“Não precisamos ter pressa para ajustar nossa postura de política monetária”, afirmou Powell, enfatizando que a redução da taxa de juros deve ser feita com prudência, para evitar que um movimento acelerado prejudique o progresso no controle da inflação. O presidente do Fed reiterou a estratégia do banco central de manter as taxas de juros elevadas até que a inflação mostre um declínio consistente.

Riscos e Incertezas no Horizonte Econômico

Apesar da recuperação econômica, Powell alertou sobre os riscos e incertezas que podem impactar a trajetória de crescimento do país. Ele mencionou os efeitos das políticas do governo Trump, como o aumento das tarifas de importação, que podem impactar a economia de maneira imprevisível. Além disso, o presidente do Fed se referiu às medidas relacionadas à imigração e às reformas tributárias que estão sendo discutidas, como fatores que também podem afetar o mercado de trabalho e o crescimento econômico.

“A política monetária está bem posicionada para lidar com os riscos e incertezas que enfrentamos”, afirmou Powell, fazendo referência à capacidade do Fed de ajustar suas estratégias conforme necessário.

Projeções e Expectativas para o Futuro

Embora Powell tenha mantido um tom cauteloso, as projeções do mercado ainda indicam a possibilidade de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros em junho. No entanto, a expectativa de outros cortes de juros no decorrer do ano tem diminuído à medida que a economia apresenta sinais de estabilidade.

Na reunião de janeiro, o Fed decidiu manter a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,5%, após uma série de cortes nas reuniões anteriores. Esse nível de taxa é o mais alto desde 2007, e a decisão reflete a postura restritiva do banco central em relação à inflação.

Conclusão

Jerome Powell deixou claro que o Federal Reserve continuará monitorando de perto a evolução da economia e tomará decisões com base na evolução dos indicadores de inflação e mercado de trabalho. O Fed deve manter um enfoque cauteloso, priorizando a redução da inflação sem comprometer a recuperação econômica.

O depoimento de Powell também destacou os desafios que o banco central enfrenta em um contexto de incertezas políticas e econômicas. A combinação de uma economia em recuperação, políticas fiscais incertas e a pressão da inflação global cria um cenário desafiador para o Federal Reserve, que precisará agir com precisão para equilibrar crescimento e estabilidade financeira.

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