Politica

Hugo sobre 8 de Janeiro: “Golpe tem que ter líder”

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), contestou a interpretação de que os atos de 8 de janeiro de 2023 tenham sido uma tentativa de golpe de Estado. Para ele, a ausência de uma liderança coordenando uma ruptura do regime democrático descaracteriza a ação como um golpe, classificando-a como vandalismo e baderna.

“O que aconteceu foi uma agressão às instituições, algo inimaginável. Mas dizer que foi um golpe? Um golpe precisa de um líder, de apoio institucional, e isso não aconteceu”, afirmou Motta em entrevista à rádio Arapuan FM. Ele defendeu a punição dos responsáveis pela depredação, mas criticou penalidades desproporcionais a manifestantes sem envolvimento direto nos atos mais graves.

Declarações e posicionamento

No dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, Hugo Motta utilizou as redes sociais para repudiar os acontecimentos. Em publicações no X (antigo Twitter), condenou os “atos antidemocráticos” e ressaltou que não há espaço para violência nas disputas políticas.

Sobre a possibilidade de anistia aos condenados, Motta afirmou que a Câmara ainda não tomou uma decisão. Ele destacou conversas com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que defende que a matéria seja votada, enquanto a base do PT se opõe, considerando a anistia um retrocesso.

O parlamentar também criticou o que considera um “desequilíbrio” nas condenações, mencionando casos de penas severas aplicadas a manifestantes sem participação ativa na destruição de patrimônio público. “Não se pode penalizar uma senhora que apenas passou pelo local com 17 anos de prisão em regime fechado”, exemplificou.

Conclusão

Hugo Motta reiterou sua defesa das instituições democráticas e condenou os atos violentos, mas argumentou que a falta de uma liderança organizada e apoio institucional inviabilizam a classificação dos eventos como uma tentativa de golpe de Estado. Ele reforçou a necessidade de diálogo na análise da anistia aos envolvidos, evitando decisões precipitadas que possam gerar tensões entre os Poderes.

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