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Bolsonaro elogia declaração de Hugo Motta e afirma que é responsabilidade da Câmara revisar a anistia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, nesta quarta-feira (5), sobre a discussão acerca do projeto de lei da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro elogiou a postura do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que afirmou ter a intenção de conversar com os líderes da Casa para discutir o tema. Segundo Bolsonaro, é função da Câmara rever questões como essa, destacando que a proposta será pautada caso haja apoio da maioria.

Bolsonaro Aponta o Papel da Câmara na Discussão da Anistia

Em sua declaração, Bolsonaro reforçou que, para ele, é responsabilidade da Câmara dos Deputados revisar a questão da anistia. “Nós devemos rever isso aí, é papel da Câmara rever esse assunto”, afirmou. O ex-presidente também parabenizou Hugo Motta por sua posição, ressaltando que o presidente da Câmara afirmou que, caso haja uma maioria de apoio, o projeto de lei da anistia será discutido e colocado em votação.

Bolsonaro aproveitou para destacar que não se trata de sua própria anistia, mas sim de um perdão para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, a quem ele considera terem recebido penas desproporcionais. “Não é a minha anistia, eu não estou condenado em absolutamente nada. É a anistia dessas pessoas, dezenas e dezenas de pessoas, condenadas a penas absurdas”, declarou.

O Projeto de Anistia e as Expectativas no Congresso

O projeto de lei da anistia visa perdoar os indivíduos investigados por sua participação nos atos de 8 de janeiro, quando houve a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília. Durante entrevista à CNN, Hugo Motta disse que, por enquanto, não há uma decisão tomada sobre quando ou como o projeto será colocado em pauta. Ele frisou que, antes de tomar qualquer decisão, vai ouvir os partidos e buscar um consenso, garantindo que o processo seja tratado com “muito cuidado”.

O tema continua sendo uma fonte de divisão na Câmara. Enquanto a base governista busca barrar o projeto, temendo suas implicações políticas e jurídicas, a oposição pressiona para a aprovação do texto. Os opositores do governo, como o PL, defendem a ampliação do perdão, que também incluiria o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

Tensão no Congresso e a Necessidade de Cautela

O presidente da Câmara, Hugo Motta, reconheceu que o tema é sensível e que, apesar de ser uma prioridade para seu partido, o PL, é necessário lidar com ele com cautela. “Um tema que inclusive ajuda a trazer mais tensão para esse momento com os demais Poderes, e tudo isso que traz mais tensão, nesse momento, não é bom para o Brasil”, afirmou Motta à CNN. Ele também afirmou que a proposta de anistia será debatida com todos os partidos, considerando as diferentes visões sobre a questão.

Conclusão

A discussão sobre o projeto de anistia segue polarizando o Congresso Nacional, refletindo as profundas divisões políticas que marcam o momento atual. Enquanto a base governista tenta bloquear a proposta, a oposição trabalha para garantir que o perdão se estenda a uma ampla gama de envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Bolsonaro. Hugo Motta, por sua vez, adota uma postura cautelosa, ciente de que a proposta pode exacerbar ainda mais as tensões entre os Poderes e gerar repercussões políticas significativas. O desfecho dessa questão dependerá de um equilíbrio delicado entre a busca por consenso e a necessidade de garantir a estabilidade política do Brasil.

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