O Brasil acredita que o pragmatismo de Trump favorecerá o diálogo com Lula
O governo brasileiro avalia que o pragmatismo de Donald Trump o levará a abrir um canal de diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo diplomatas e assessores, mais cedo ou mais tarde, Trump precisará se aproximar da América do Sul para conter o avanço da influência chinesa na região.
Para assessores presidenciais, é inevitável que ele dialogue com o Brasil, principal potência política e econômica sul-americana, e não apenas com a Argentina de Javier Milei. Integrantes do governo afirmam à CNN que a atual postura combativa de Trump é compreensível, pois ele ainda não se desvinculou do papel de candidato.
No entanto, diante da crescente presença econômica chinesa na América do Sul e na África, Trump deverá reforçar sua diplomacia para evitar a perda do soft power americano. O governo brasileiro vê possibilidades de encontro entre Lula e Trump na Assembleia Geral da ONU, em setembro, e na reunião do G20, em novembro.
O Palácio do Planalto não espera que o presidente americano participe da COP30, em Belém, mas a diplomacia brasileira pretende reforçar o convite. Há uma expectativa de que Trump possa ser convencido a comparecer caso o presidente chinês, Xi Jinping, confirme presença.
Trump, por sua vez, mantém uma relação ambígua com o líder chinês, alternando entre críticas e elogios.
