Trump assina decreto que extingue programa de diversidade nas Forças Armadas
Medida marca nova fase para as Forças Armadas dos EUA
Na última segunda-feira (27), o presidente Donald Trump assinou uma série de ordens executivas com o objetivo de reverter políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) dentro das Forças Armadas dos Estados Unidos. Entre as mudanças mais significativas, está a remoção de programas voltados para a promoção da diversidade nas tropas, além da reintegração de militares que foram expulsos por se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19 durante a pandemia. A decisão foi tomada enquanto Trump retornava de Miami para Washington D.C.
Ordem Contra “Radicalismo de Gênero” nas Forças Armadas
Uma das ordens mais controversas assinadas por Trump foi intitulada “Eliminando o radicalismo de gênero nas Forças Armadas”, uma medida que aparentemente visa as tropas transgênero. Embora o texto completo da ordem ainda não tenha sido divulgado, a iniciativa proíbe o uso de pronomes não convencionais dentro das forças armadas, o que levantou questões sobre o futuro das tropas transgênero em serviço.
Em sua primeira gestão, Trump havia anunciado uma proibição total de recrutamento de soldados transgêneros, embora tenha permitido que os militares já em serviço permanecessem. Após a posse de Joe Biden em 2021, a proibição foi revogada. Estima-se que atualmente haja cerca de 15.000 militares transgêneros nas forças armadas dos EUA, embora autoridades minimizem esse número.
Críticas e Reações de Defensores dos Direitos Humanos
A decisão de Trump gerou ampla repercussão, especialmente entre grupos de defesa dos direitos humanos. Joshua Block, da ACLU (American Civil Liberties Union), criticou duramente a medida, afirmando que ela visava forçar as pessoas transgênero a se afastarem da vida pública e não respeitava os direitos constitucionais.
Além disso, a ordem não deixou claro como as tropas transgênero em serviço seriam tratadas, gerando incertezas sobre o futuro de militares que já atuam nas Forças Armadas. A falta de informações sobre o processo de remoção desses soldados, caso a medida entre em vigor, também gerou questionamentos.
Mudanças no Pentágono e Reforço da Agenda Conservadora
Durante a assinatura das ordens executivas, Pete Hegseth, possível nomeado para o cargo de secretário de defesa, se manifestou sobre o foco de sua gestão, prometendo mudanças significativas no Pentágono. A eliminação dos programas de DEI e a transformação nas políticas internas das Forças Armadas foram destacadas como prioridades de sua administração.
Conclusão
A assinatura dessas ordens executivas sinaliza uma clara mudança de rumo para as políticas internas do Pentágono. A eliminação dos programas de diversidade e a reintegração das tropas não vacinadas refletem um compromisso com uma agenda conservadora, enquanto as medidas contra a inclusão de pessoas transgênero nas Forças Armadas geram tensões e incertezas jurídicas.
Especialistas apontam que essas ações podem enfrentar resistência tanto legal quanto social, com a possibilidade de desafios nos tribunais e reações de grupos que defendem os direitos das pessoas transgênero. O impacto dessas decisões sobre a moral e a coesão nas forças armadas ainda precisa ser observado com mais detalhes, enquanto o debate sobre inclusão e diversidade no setor militar continua a ser um tema controverso.
