noticias

Lula expressa pesar pela morte de Marina Colasanti: “Uma artista multifacetada”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, nesta terça-feira (28), seu profundo pesar pela morte da escritora ítalo-brasileira Marina Colasanti, que faleceu aos 87 anos. Em um post nas redes sociais, o presidente destacou a importância da autora para a literatura nacional, enaltecendo sua trajetória de mais de cinco décadas como uma das mais premiadas escritoras brasileiras.

Uma vida dedicada à literatura e às artes

Marina Colasanti nasceu em 1937 em Asmara, na Eritreia, onde passou os primeiros anos de sua vida. De família italiana, ela se mudou para o Brasil em 1948, aos 11 anos, após viver também na Líbia e na Itália. Esse trânsito entre diferentes culturas e países foi, sem dúvida, uma das influências que marcaram sua vasta obra literária, repleta de nuances e profundidade.

Colasanti, que morava no Rio de Janeiro, foi uma autora que soube cativar públicos de diferentes gerações e idades, seja com seus contos, crônicas, poesias ou livros infantojuvenis. Sua escrita foi sempre marcada por uma sensibilidade única, abordando temas como o cotidiano, as relações humanas, o universo feminino e as questões sociais com a maestria de quem entende o poder das palavras para transformar realidades.

Ao longo de sua trajetória, Colasanti não apenas conquistou uma legião de leitores, mas também se consolidou como uma das vozes mais importantes da literatura contemporânea brasileira. Sua produção abrange mais de 70 livros, além de inúmeros artigos e ensaios. Ela era uma verdadeira “múltipla artista”, como a descreveu o presidente Lula, transitando com igual destreza entre a escrita e as artes plásticas, profissão que também exerceu com grande dedicação.

Reconhecimento e prêmios: um legado literário imenso

Marina Colasanti foi uma das autoras mais premiadas do Brasil, com destaque para o Prêmio Jabuti, onde foi reconhecida em sete ocasiões em diversas categorias, incluindo poesia, literatura infantojuvenil e crônicas. Além disso, ela recebeu o Grande Prêmio da Crítica da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), prêmios latino-americanos, o Prêmio da Biblioteca Nacional e o prêmio de Melhor Livro do Ano, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Ela também foi homenageada com o título de hors-concours da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), após conquistar várias premiações nesse segmento.

Seu primeiro livro foi publicado em 1968, e desde então sua produção não parou de crescer, tornando-a uma referência não só para escritores iniciantes, mas também para o público em geral. Entre suas obras mais notáveis estão “A Mulher que Sabe Latim”, “O Plano de Vida” e “Quando os Leões Fecham a Boca”, que encantaram e continuam a encantar leitores de todas as idades, especialmente no campo da literatura infantojuvenil.

Conclusão

A partida de Marina Colasanti deixa uma lacuna significativa na literatura brasileira. Porém, sua obra, rica e multifacetada, continuará a inspirar e influenciar novas gerações de escritores e leitores, consolidando seu nome como um dos maiores ícones da literatura nacional. O reconhecimento de seu trabalho, tanto no Brasil quanto internacionalmente, reflete o impacto profundo que teve na cultura literária, social e artística do país.

Colasanti não foi apenas uma grande escritora; foi uma verdadeira artista em todos os sentidos da palavra, capaz de traduzir as complexidades da vida em palavras simples, porém carregadas de significado. Seu legado é imortalizado não apenas nas estantes das livrarias, mas também nos corações de todos que se emocionaram com suas histórias. Ela será lembrada como uma das maiores vozes da literatura contemporânea, e seu trabalho seguirá sendo uma fonte inesgotável de inspiração para todos que buscam na palavra escrita a capacidade de transformar o mundo ao redor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *