Economia

Ebanx prevê que o Pix Automático deverá gerar US$ 30 bilhões no comércio eletrônico

Novo modelo de pagamentos pode ampliar as transações recorrentes e aumentar a adesão ao serviço nos próximos dois anos.

O Pix Automático, novo sistema de pagamento que possibilitará o agendamento de pagamentos de forma recorrente, deverá movimentar cerca de US$ 30 bilhões nos dois primeiros anos de operação, exclusivamente no comércio eletrônico. A previsão foi divulgada pela Ebanx, empresa especializada em soluções de tecnologia para pagamentos, em estudo realizado nesta terça-feira (28). O serviço, que já começa a ser implementado pelas empresas, oferece aos consumidores a possibilidade de programar pagamentos em prazos que podem variar entre uma semana e um ano, sem custos adicionais para os clientes.

Concorrência com o cartão de crédito

De acordo com o estudo, o Pix Automático é visto como um forte concorrente do cartão de crédito, o meio de pagamento predominante no comércio eletrônico brasileiro. Apesar disso, o principal impacto do novo sistema nos primeiros dois anos será a conquista de novos clientes, incluindo aqueles que não possuem cartões de crédito ou que têm limites insuficientes para realizar compras no e-commerce.

Os dados apontam que, no primeiro ano, o Pix Automático poderá conquistar até US$ 2 bilhões do mercado de pagamentos recorrentes que hoje pertence ao cartão de crédito. Esse mercado é avaliado em cerca de US$ 50 bilhões anualmente, o que demonstra o potencial do novo serviço. Embora o estudo da Ebanx se concentre no comércio eletrônico, o Pix Automático também poderá atingir outros setores, como contas de serviços essenciais, como água e luz, que ainda utilizam métodos de pagamento tradicionais, como boleto bancário e débito automático.

Perspectivas de crescimento e antecipação dos bancos

A estratégia de fidelização parece ser um dos principais focos das instituições financeiras, que já se antecipam ao lançamento do Pix Automático oferecendo soluções de pagamentos recorrentes. O Santander Brasil, por exemplo, já disponibiliza um produto que permite o agendamento de pagamentos via Pix, enquanto Bradesco e Itaú Unibanco estão se preparando para lançar versões similares em breve. Embora essas iniciativas possam gerar alguma concorrência para o novo modelo, os bancos acreditam que o impacto nas receitas será mínimo, considerando que a maior parte dos pagamentos recorrentes no Brasil continua sendo dominada por cartões de crédito.

Conclusão

O Pix Automático tem tudo para revolucionar o mercado de pagamentos recorrentes no Brasil, não apenas no comércio eletrônico, mas também em outros setores que ainda dependem de métodos tradicionais de pagamento. Com sua proposta de ser um serviço gratuito para os consumidores e simples de implementar para as empresas, o Pix deve ganhar força nos próximos anos, desafiando o cartão de crédito e atraindo uma nova base de clientes. A antecipação dos grandes bancos para adaptar seus serviços a esse novo formato reforça a tendência de crescimento desse sistema de pagamentos, que promete transformar a dinâmica financeira no país.

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